???item.export.label??? ???item.export.type.endnote??? ???item.export.type.bibtex???

Please use this identifier to cite or link to this item: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9322
???metadata.dc.type???: Tese
Title: Museu Magüta, uma trajetória Ticuna: a colaboração como método no estudo de coleções etnográficas e na formação de museus indígenas.
Other Titles: Magüta Museum, a Ticuna trajectory: collaboration as a method for the study of ethnographic collections and in the formation of indigenous museums.
???metadata.dc.creator???: Teixeira, Nilza Silvana Nogueira 
???metadata.dc.contributor.advisor1???: Montardo, Deise Lucy
First advisor-co: Kapfhammer, Wolfgang
???metadata.dc.contributor.referee1???: Cury, Marília Xavier
???metadata.dc.contributor.referee2???: Lourenço, Sonia Regina
???metadata.dc.contributor.referee3???: Bruno, Ana Carla dos Santos
???metadata.dc.contributor.referee4???: Rufino, Marcia Regina Calderipe Farias
???metadata.dc.description.resumo???: Neste trabalho, investigamos o processo que resultou na construção do Museu Magüta, iniciada nos últimos anos da década de 1980. A trajetória de objetos da cultura Ticuna, presentes na formação do acervo desse museu indígena e em diferentes coleções etnográficas pelo mundo, foi o ponto de partida para refletir acerca das transformações pelas quais passou o Museu Magüta durante sua história e das estratégias adotadas pelos indígenas para a sua manutenção. O Museu Magüta foi inaugurado, em janeiro de 1991, no município de Benjamin Constant (Amazonas, Brasil). Foi resultado do que hoje podemos chamar de um projeto de colaboração. Esta iniciativa provocou uma grande mobilização indígena para coletar objetos que pudessem dar substância à representação Ticuna. A noção de que o estudo dos objetos e de seus materiais trariam a estabilidade necessária à compreensão do que seja um museu indígena se apoiou na ideia de que os objetos não são apenas signos ou símbolos; eles nos conformam e nos constituem. Por meio do estudo dos materiais de que são feitos e da circulação desses materiais que dão origem à forma das coisas, podemos compreender que a vitalidade dessas relações reside justamente em dar forma e não na forma acabada. O olhar sobre o processo de colaboração e as mudanças vividas pelo Museu Magüta e seu acervo conta com o estudo também das coleções de outras instituições: de Spix e Martius, no Museum Fünf Kontinente; de Borys Malkin, no Museum der Kulturen Basel; de Johann Natterer, no Weltmuseum Wien; das coleções de peças Ticuna no Museu Etnológico de Berlim e de projetos de colaboração entre museus etnológicos e museus indígenas. A metodologia utilizada compreende um trabalho de campo – realizado em etapas nos anos de 2015, 2016 e 2019, na cidade de Benjamin Constant, e em 2018-2019, em Munique, Alemanha – e se ampara na análise dos inúmeros dados levantados, no registro fotográfico das peças dos acervos do Magüta e dos museus europeus, entrevistas, conversas informais e documentos produzidos no âmbito do Museu Magüta. Pudemos observar que a apropriação que os Ticuna fizeram das estratégias de construção de um museu tornou possível o seu protagonismo na produção de símbolos e imagens sobre si mesmos. Por fim, a minha análise sobre esses fatos considerou o acervo do Museu Magüta e suas peculiaridades de coleta e exposição, bem como as ações e os usos que os indígenas fazem do Museu no cotidiano. Isto permitiu enxergar melhor tanto a dimensão propriamente museológica como a dimensão política de que é feito o cotidiano do Museu.
Abstract: This work investigates the trajectory of objects from the Ticuna culture in different ethnographic collections around the world. This is a starting point to reflect on the transformations the Magüta Museum has gone through during its history and the strategies adopted by the indigenous people for its maintenance. The Magüta Museum was created in January 1991 in the municipality of Benjamin Constant (Amazonas, Brazil). It was the result of a great indigenous mobilization to collect objects that could give substance to the Ticuna representation. The notion that the study of objects and their materials would bring the stability needed to understand what an indigenous museum is was based on the idea that objects are not just signs or symbols, they shape and constitute us. Through the materials they are made of and the circulation of these materials from which the forms of things originate, we can understand that the vitality of these relationships lies precisely in giving form and not in the finished form. Looking at the changes experienced by the Magüta Museum and its collection, also includes the study of the collections of other institutions: Spix and Martius, at the Museum Fünf Kontinente; Borys Malkin at the Museum der Kulturen Basel; Johann Natterer at the Weltmuseum Wien; and the collections of Ticuna pieces at the Ethnological Museum in Berlin. The methodology used comprises fieldwork – carried out in 2015, 2016 and 2019, in the city of Benjamin Constant, and between March 2018 and June 2019, in Munich, Germany – and is supported by the analysis of numerous data surveyed, in the photographic record of the pieces from the Magüta and European museum collections, interviews, informal conversations and documents produced within the scope of the Magüta Museum. We could observe that the appropriation that the Ticuna made of the strategies for building a museum made it possible for them to play a leading role in the production of symbols and images about themselves. Finally, my analysis of these facts considered the Magüta Museum collection and its peculiarities of collection and exhibition, as well as the actions and uses that the indigenous people make of the Museum in their daily lives. This allowed us to better see both the properly museological dimension and the political dimension of the Museum’s daily life.
Dans ce travail nous étudions la trajectoire des objets culturels Ticuna dans des différentes collections ethnographiques à travers le monde, un point de départ pour réfléchir sur les transformations subies par le musée Magüta au cours de son histoire et les stratégies adoptées par les peuples autochtones pour sa préservation. Le Musée Magüta a ouvert ses portes en janvier 1991 dans la ville de Benjamin Constant (Amazonas, Brésil). C'était le résultat d'une grande mobilisation indigène pour collecter des objets qui pouvaient donner corps à la représentation des Ticuna. L’étude des objets et de leurs matériaux comme condition nécessaire pour comprendre ce qu'est un musée indigène se fait soutenue par l'idée que les objets ne sont pas seulement des signes ou des symboles, ils nous façonnent et ils nous constituent. À partir des matériaux qui les composent et de la circulation de ces matériaux d'où proviennent les formes des choses, on peut comprendre que la vitalité de ces relations réside précisément dans la mise en forme et non dans la forme finie. L'examen des mutations vécues par le Musée Magüta et sa collection comprend également l'étude des collections d'autres institutions : de Spix et Martius au Museum Fünf Kontinente ; de Borys Malkin au Museum der Kulturen Basel ; Johann Natterer au Weltmuseum Wien ; et des collections de pièces des Ticuna au Musée ethnologique à Berlin. La méthodologie d’étude comprend des travaux de terrain menés par étapes en 2015, 2016 et 2019, dans la ville de Benjamin Constant, et entre mars 2018 et juin 2019, à Munich, en Allemagne, et s'appuie sur l'analyse de nombreuses données recensées, dans l’enregistrement photographique des pièces des collections de Magüta et des musées européens, des interviews, des conversations informelles et des documents produits dans le cadre du Museum Magüta. On a pu constater que l'appropriation que les Ticuna faisaient des stratégies de construction d'un musée leur permettait de jouer un rôle de premier plan dans la production de symboles et d'images sur eux-mêmes. Enfin, mon analyse de ces faits a considéré la collection du Musée Magüta et ses particularités de collection et d'exposition, ainsi que les actions et les usages que les peuples indigène font du Musée dans leur vie quotidienne. Cela nous a permis de mieux voire à la fois la dimension proprement muséologique et la dimension politique de la vie quotidienne du Musée.
Keywords: Índios Ticuna - Benjamin Constant (AM)
Museus - Curadoria
Museus e coleções etnológicas
???metadata.dc.subject.cnpq???: CIENCIAS HUMANAS
???metadata.dc.subject.user???: Ticuna
Museu Indígena
Coleções Etnográficas
Projetos em Colaboração
Amazônia
Europa
Language: por
???metadata.dc.publisher.country???: Brasil
Publisher: Universidade Federal do Amazonas
???metadata.dc.publisher.initials???: UFAM
???metadata.dc.publisher.department???: Instituto de Ciências Humanas e Letras
???metadata.dc.publisher.program???: Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Citation: TEIXEIRA, Nilza Silvana Nogueira. Museu Magüta, uma trajetória Ticuna: a colaboração como método no estudo de coleções etnográficas e na formação de museus indígenas. 2022. 299 f.Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2022.
???metadata.dc.rights???: Acesso Aberto
???metadata.dc.rights.uri???: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9322
Issue Date: 20-Jan-2022
Appears in Collections:Doutorado em Antropologia Social

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Tese_NilzaTeixeira_PPGAS.pdf9.52 MBAdobe PDFThumbnail

Download/Open Preview


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons