@MASTERSTHESIS{ 2022:1879240202, title = {CONSUMO DE CARNE DE ANIMAIS SILVESTRES ENTRE JOVENS NO ESTADO DO AMAZONAS, BRASIL: MAGNITUDE E FATORES ASSOCIADOS.}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9037", abstract = "A carne de animais silvestres representa grande importância social e econômica para populações que vivem nos trópicos, por ser fonte de alimento e de renda. O consumo de carne silvestre entre os jovens ainda é um universo pouco estudado, podendo haver a possibilidade de os jovens serem influenciadores de hábitos alimentares dentro das famílias amazônicas. Por isso, entender o comportamento e as motivações que levam esses jovens a materem ou modificarem seus hábitos alimentares de consumir carne silvestre são fatores relevantes para gerar diretrizes para ações e políticas públicas na tentativa de equilibrar esse hábito com a conservação da vida silvestre e a garantia da segurança alimentar das populações habitantes da região amazônica. Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o perfil socioeconômico e os fatores de mudanças do consumo da carne de animais silvestres entre jovens do estado do Amazonas. Foi aplicado um formulário semiestruturado junto a 2760 estudantes em 146 salas de aula, na cidade de Manaus e em nove municípios selecionados aleatoriamente ao longo de três rios (Purus, Negro e Amazonas). O estudo demonstra que o consumo de carne silvestre faz parte do hábito alimentar e ambiente alimentar dos jovens no estado do Amazonas. Os jovens com maior probabilidade de consumir carne silvestre foram os que moram em cidades pequenas, comparados com aqueles de cidades médias e Manaus, e os que migraram de área rural para área urbana. Estes migrantes tiveram 60% maior probabilidade de consumir carne silvestre quando há disponibilidade e 67% maior preferência pelo sabor, comparados com aqueles que sempre moraram na zona urbana. Esses resultados, mostram que a transição demográfica tem grande relevância na mudança desse hábito alimentar. Os resultados apontam que há um efeito da urbanização sobre as mudanças no consumo de carne silvestre entre jovens, onde a probablidade de consumo diminui com o aumento do tamanho das cidades e com a disponibilidade de outros alimentos. Ou seja, mesmo quando há disponibilidade de carne silvestre em uma refeição, os jovens estão decidindo não consumir e a probabilidade de consumo diminui com o tamanho da cidade. Esse trabalho mostra que há uma tendência de dimunuição de consumo pelos jovens, comparados com o consumo no domicílio. Esses resultados sugerem que o consumo de fauna silvestre talvez diminua com o passar das gerações, se tais jovens continuem escolhendo não consumir carne silvestre à medida que se tornem adultos. É importante que futuros trabalhos investiguem as motivações desses jovens em não consumir carne silvestres (ex., por estarem preocupados com a conservação, ou por acharem que tal carne é uma tradição rural) para informar estratégias de educação ambiental que promova a conservação da fauna silvestre por esses jovens.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia para Recursos Amazônicos}, note = {Centro de Ciências do Ambiente} }