@MASTERSTHESIS{ 2009:1809345254, title = {Ocupações urbanas e a (re) produção das moradias populares em Manaus: estudos no bairro do Coroado e loteamento Rio Piorini}, year = {2009}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2260", abstract = "A moradia apresenta-se como item necessário a reprodução da vida. O habitar equipara-se a necessidade do comer e vestir e está intrinsecamente relacionado a reprodução do capitalismo, por sua vez dependente de mão-de-obra. A dialética existente entre a necessidade de morar e de reprodução do capitalismo produz um dos mais proeminentes problemas presenciados pela sociedade: a crise da falta e/ou precariedade nas habitações, pois o solo urbano é fracionado e ocupado conforme as condições financeiras da população que consome o espaço mediante a sua capacidade de pagamento, estando, os desprovidos de condições financeiras, fadados a periferizar espaço. Sendo este item indispensável a reprodução da vida, a habitação é mercadoria especial, visto que para habitar os indivíduos não apenas precisam de um teto, outros elementos se fazem necessário para permitir a continuidade da reprodução da vida. No cerne das questões relacionados a moradia esta sua produção mediante a apropriação ilegal do solo urbano que pode conotar antes de qualquer outra coisa, como a demonstração de coragem, força e por vezes de vontade de viver do ser humano. Nesse contexto se insere a cidade de Manaus cuja espacialidade foi moldada por meio das moradias populares edificadas via ocupação ilegal de terras. Em detrimento das muitas questões relacionadas a esta temática, buscou-se estudar as ocupações urbanas na cidade de Manaus tendo como ponto de partida as ocupações do Coroado e loteamento Rio Piorini. A primeira surgiu em 1971 envolta a retomada econômica da cidade de Manaus por meio da Zona Franca e a segunda em 2003 época em que a cidade se apresentava com aproximadamente 1.500.000 habitantes. Com base nestas informações preliminares, o estudo foi direcionado para o entendimento do porque estas ocupações se originaram e se, mesmo havendo diferença temporal significativa entre o surgimento das mesmas, há semelhanças em seus processos de produção. Para tanto, a pesquisa se dedicou a entrevistar 50 (cinqüenta) moradores tanto do Coroado como do Rio Piorini por meio de entrevistas abertas e formulários fechados. Da mesma forma, foi elaborado tanto o levantamento de informações destas localidades em órgãos públicos, como também, o aporte bibliográfico para a realização do trabalho final que tem como resultados primordiais, a constatação de que mesmo em se tratando de épocas diferenciadas, o processo de produção das ocupações em estudo foi marcado por conflitos envolvendo os proprietários da terra e seus ocupantes que lutavam pelo mesmo objetivo, a aquisição da moradia. No decorrer do estudo também se verificou que o índice de moradores destas ocupações provenientes tanto do interior do estado quanto de outras localidades da federação brasileira não se alterou. Constatou-se também que o Coroado, hoje classificado como bairro vivenciou as mesmas condições encontradas no início do loteamento Rio Piorini: a ausência dos equipamentos de uso coletivo que estão sendo inseridos pouco a pouco mediante reivindicações populares o que nos leva a palpitar o prognóstico de que a ocupação Rio Piorini, em se consolidando tende a adquirir características semelhantes a do Coroado. Ademais, os estudos realizados verificaram que a produção das ocupações em questão reforçam a necessidade pela casa e moradia, entendida como o direito de ter um teto não apenas para morar, mas fundamentalmente para permitir que seu morador perceba seu lugar na cidade, pois mesmo que ele não se sinta parte dela, tendo o seu lugar nela, ele se percebe", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }