@MASTERSTHESIS{ 2008:60496043, title = {Depósitos cenozóicos da porção oeste da Bacia do Amazonas}, year = {2008}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3277", abstract = "A história geológica do Cenozóico na Bacia do Amazonas ainda é pouco conhecida. Após a idade Cretácea ter sido estendida também para os depósitos mais jovens da Bacia do Amazonas, somente a partir do início deste século depósitos cenozóicos foram descritos localmente nos terraços dos rios Solimões e Amazonas. A análise estratigráfica da região centro-oeste da Bacia do Amazonas, entre as cidades de Manacapuru e Itacoatiara, Estado do Amazonas, permitiu individualizar duas unidades cenozóicas, as formações Iranduba e Novo Remanso, que registram a história miocena-pleistocena do sistema fluvial Amazônico. Ambas as unidades sobrepõem-se aos depósitos siliciclásticos cretáceos da Formação Alter do Chão, separadas pelas superfícies estratigráficas S1, S2 e S3, que na sua maioria são marcadas pela presença de paleossolos lateríticos. A Formação Iranduba é caracterizada por arenitos médios a grossos, mal selecionados, de coloração avermelhada, com estratificações cruzadas acanalada, tabular e estratificação heterolítica inclinada, bem como intercalações de pelito. Traços endicniais (Taenidium) e marcas de raízes ocorrem no topo dos ciclos granodecrescentes ascendentes. A Formação Novo Remanso caracteriza-se por camadas de arenitos ferruginosos grossos e arenitos finos a médios cauliníticos com estratificação plana incipiente, e pelitos subordinados. Localizadamente, ocorre estratificação heterolítica inclinada com níveis de argilito cinza, rico em detritos orgânicos e palinomorfos do Mioceno Médio a Superior. Moldes e contramoldes de lenhos fossilizados por óxidos e hidróxidos de ferro ocorrem localmente. Estas unidades são interpretadas como produtos de canais fluviais e planície de inundação, relacionados a um sistema fluvial meandrante. A integração de dados estratigráficos e disponíveis na literatura permitiu correlacionar às unidades cenozóicas da Bacia do Amazonas com aquelas conhecidas na Bacia do Solimões e Plataforma Bragantina/Bacia de São Luis. Dados georonológicos demonstraram a ausência de fontes andinas sugerindo limitada conexão com a drenagem da Bacia do Solimões e indica o Arco de Purus como uma barreira geográfica no final do Mioceno até o Plioceno. A configuração atual da drenagem transcontinental Solimões-Amazonas, parece ter se estabelecido após o Plioceno e as mudanças paleoambientais e paleogeográficas podem ter contribuído principalmente para a biodiversidade atual amazônica.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Geociências}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }