@MASTERSTHESIS{ 2010:303370564, title = {Prospecção de plantas aromáticas na região do médio e baixo Solimões.}, year = {2010}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3333", abstract = "A vasta região Amazônica compõe-se de vários ecossistemas que se traduzem em grande diversidade de espécies. Suas dimensões impõem restrições de acesso a muitos de seus recursos, mantendo-os desconhecidos na forma de um grande potencial de produção e descoberta de produtos naturais, fontes de matérias primas para diversos setores da indústria que podem gerar de forma sustentável recursos para as populações tradicionais amazônicas. O presente trabalho inserido no âmbito do projeto PIATAM, estudou espécies de ocorrência na região do médio e baixo rio Solimões, encontradas em ecossistemas de várzea, igapó, lacustre e terra firme. Objetivando-se estudos fitoquímicos orientados pela busca de óleos essenciais (OEs) e substâncias leishmanicidas, antitumorais, antioxidantes e inibidoras de acetilcolinesterase; foram realizadas coletas de amostras, buscando-se plantas aromáticas e em alguns casos plantas com uso medicinal. Foram coletadas mais de 88 espécies; as coletas geraram mais de 300 amostras fracionadas das 78 espécies identificadas botanicamente, as quais estão distribuídas em 32 famílias e 57 gêneros, concentradas principalmente nas famílias Lauraceae (15 espécies), Annonaceae (7), Fabaceae (7), Piperaceae (6), Lamiaceae (5) e Verbenaceae (4). Um total de setenta e hum OEs foram extraídos a partir de: galhos (19), folhas (37), cascas (6), madeira (2) e outras partes das plantas (7); foram obtidos também quarenta e oito extratos etanólicos a partir de: galhos (16), folhas (17), raízes (2), cascas (10) e outras partes (3). Os OEs foram extraídos através de hidrodestilação e setenta e oito deles foram analisados por cromatografia em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas (CGDIC, CG-EM) para a determinação de suas composições químicas. Vinte e cinco dos OEs analisados foram identificados quimicamente e são apresentados neste trabalho. Entre as substâncias identificadas, um grande percentual (44,09 %) correspondeu a hidrocarbonetos sesquiterpênicos, os monoterpenos oxigenados representaram 24,12%, os sesquiterpenos oxigenados 16,56%, os hidrocarbonetos monoterpênicos 7,87% e outras classes de substâncias 7,35%. A substância observada com maior freqüência foi o β-pineno. Os melhores rendimentos de OE foram observados nas espécies Piper tuberculatum (2,44%) e Calyptranthes spruceana (2,31%), as folhas foram a parte da planta que mostram um melhor rendimento de OE e extrato etanólico. Alguns OEs foram avaliados quanto à atividade antiparasitária frente à Leishmania amazonensis, observando-se uma maior atividade nos OEs constituídos predominantemente por hidrocarbonetos sesquiterpênicos, destacando-se o OE obtido das folhas do louro mamuí (IC50 = 28,6 μg/mL). Frente a Tripanossoma cruzi, Alpinia speciosa apresentou o melhor CL50 (4,5 μg/mL) seguida de Epaltes sp. (5,5 μg/mL). Dois constituintes majoritários destas duas espécies: o terpinen-4-ol (Alpinia speciosa, 29 %) e α- gurjuneno (Epaltes sp., 12,3%) podem ser contribuintes para as expressivas atividades tripanossomicidas observadas. Para avaliação do potencial antioxidante dos extratos e OEs, efetuou-se ensaios utilizando DPPH; os extratos apresentaram melhores concentrações inibitórias (CI50) que os OEs avaliados, mostrando melhores CI50 os extratos obtidos de C. spruceana e Ouratea discophora (5,85 e 7,01 μg/mL, respectivamente), destacando-se ainda: Nectandra cuspidata (casca: 8,64 μg/mL), Pleurotherium parviflorum (casca: 9,84 μg/mL), Lauracea spp. (casca: 10,72 μg/mL) e Ocotea cernua (casca: 11,81 μg/mL). A atividade antioxidante foi maior nos extratos obtidos de cascas, seguido por galhos, havendo uma menor expressão nos extratos obtidos de folhas. A atividade inibidora de acetilcolinesterase foi observada em vários dos testes realizados, destacando-se o OE obtido dos galhos de Nectandra amazonum e o extrato de C. spruceana. Vários extratos de plantas usadas na medicina popular foram testados em dose única de 50 μg/mL quanto à inibição do crescimento das células tumorais: SF-295 (glioblastoma humano), HCT-8 (cólon humano) e MDAMB-435 (mama humana); o extrato da casca de Himatanthus sucuuba apresentou alguns dos melhores percentuais de inibição, respectivamente: 43,07; 65,87 e 63,25%.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Química}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }