@MASTERSTHESIS{ 2012:1027413188, title = {Investigação química e farmacológica de espécies vegetais contra a leishmaniose}, year = {2012}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3350", abstract = "A leishmaniose é considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma das mais graves infecções existentes, por causa da sua alta capacidade de produzir deformidades. Os medicamentos existentes são de elevada toxicidade e o parasita tem apresentado resistência a esses medicamentos. Pesquisas científicas tem comprovado o potencial antiparasitário de extratos e substâncias isoladas de espécies vegetais. Este trabalho teve como objetivo principal a obtenção de óleos essenciais das folhas de três espécies da família Myrtaceae: Eugenia patrisii, Marlierea umbraticola e Myrciaria floribunda, duas espécies da família Myristicaceae: Virola mollissima e V. theiodora, uma espécie da família Annonaceae: Bocageopsis multiflora e uma espécie da família Lauraceae: Endlicheria bracteolata, ocorrentes na Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus, AM. As coletas foram realizadas em dois períodos correspondentes ao inverno (abril) e verão (setembro). As análises dos óleos essenciais de E. patrisii, M. floribunda, B. multiflora e V. mollissima por CG-EM evidenciaram alta porcentagem de sesquiterpenos, enquanto que os óleos de M. umbraticola e V. theiodora apresentaram monoterpenos como constituintes majoritários. Já o óleo essencial das folhas frescas de E. bracteolata apresentou um diferencial quando extraído no mês de abril. Um precipitado foi observado durante a extração e quando analisado por CG-EM apresentou um perfil cromatográfico com cerca de 73,7% de sesquiterpenos oxigenados. Entretanto, o óleo da estação seca apresentou sesquiterpenos hidrocarbonetos como constituintes principais. O material sólido obtido de E. bracteolata foi purificado, e o guaiol foi identificado por EM, RMN e comparação com dados descritos da literatura. O estudo com o cerne de V. mollissima levou a obtenção de um precipitado do extrato hexano e ao isolamento das neolignanas carinatina e deidrodieugenol. Concernente aos ensaios farmacológicos, os óleos essenciais e extratos de baixa polaridade foram testados frente às formas promastigotas de Leishmania amazonensis. Nesse contexto, o óleo de V. mollissima exibe maior atividade (CI50 de 19,7 g/mL) e a neolignana carinatina apresenta menor atividade com valor de CI50 de 53,9 g/mL. Em relação aos óleos das demais espécies, os 8 óleos essenciais de B. multiflora e de M. umbraticola foram os mais ativos com CI50 de 14,8 e 21,1 g/mL, respectivamente. Os extratos que demonstraram maior atividade sobre as formas promastigotas de L. amazonensis foram submetidos ao ensaio de citotoxicidade em macrófagos não parasitados, sendo o óleo de V. mollissima o mais tóxico com CI50 de 17,16 g/mL em comparação ao padrão pentamidina (CI50 = 24,40 g/mL), enquanto que o óleo de B. multiflora apresentou menos toxicidade com CI50 de 42,71g/mL. Quando avaliados frente ao microcrustáceo Artemia salina, todos os óleos apresentaram elevada toxicidade em relação ao padrão lapachol (CL50 =10,47g/mL), sendo o óleo essencial de E. bracteolata o mais tóxico com CL50 de 0,53g/mL. A avaliação da atividade antioxidante frente ao radical livre DPPH demonstrou que os óleos apresentaram atividade abaixo de 28%. Em contrapartida, a neolignana deidrodieugenol e o precipitado obtido de V. mollissima, apresentam atividade bastante pronunciada com CI50=10,68 e CI50=6,87 g/mL, respectivamente. Palavras-chave: Óleos essenciais, análise cromatográfica, leishmaniose,", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Química}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }