@PHDTHESIS{ 2014:543524756, title = {Trabalho, ambiente e saúde: cotidiano dos fazeres da mulher rural na Amazônia}, year = {2014}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4212", abstract = "A pesquisa identifica, caracteriza e analisa as dimensões de trabalho, ambiente e saúde de mulheres agricultoras da comunidade Sagrado Coração de Jesus/Vila do Engenho, no Município de Itacoatiara, AM. Tem como objetivo identificar os diferentes lugares, processo e organização do trabalho da mulher, em suas múltiplas atividades, incorporadas, muitas vezes, no cotidiano da ajuda, assim como agravos e riscos à saúde referenciados pela trabalhadora no cotidiano do trabalho. A pesquisa do tipo qualitativa na perspectiva teórico crítico de abordagem sócio-histórico, faz interlocução com o aporte teórico da psicodinâmica do trabalho, que opta pelo espaço da fala e da escuta como acesso privilegiado das vivências subjetivas. A fim de compreender o trabalho da mulher na agricultura, traça-se um acesso entre os aspectos geográficos, psicossociais e de saúde. Para o alcance das perspectivas de compreensão e interpretação, este estudo trabalha com a Análise dos Núcleos de Sentido (ANS), inspirada e adaptada na Análise de Conteúdo Categorial, que privilegia a palavra, a análise das vivências subjetivas e a busca do seu significado. Os resultados revelam que na Vila do Engenho, as histórias são interligadas à dinâmica da cooperativa, com protagonismo das mulheres no cenário das trajetórias de trabalho, nos processos de organização e de participação na comunidade, constitui a dinâmica de vida e trabalho onde estas vivem as contradições e as condições não superadas que a geram de um modo, por meio da reflexão delas enquanto sujeitos, e, de outro, pela ação do sujeito que busca transformar as condições materiais que geraram tais contradições. Como resultado confirma-se que no trançado de histórias, o trabalho é determinante no processo saúde/doença das trabalhadoras agrícolas, onde trabalhar é fazer relação do trabalho-ajuda. Observa-se que para elas, há falta de clareza acerca de quais as funções desempenhadas no seu cotidiano que podem ser identificadas por si e pelo outro como ajuda e trabalho. Tem-se que quando relações de trabalho tornam-se complexas, desaparece o papel da mulher como ajudante. Por outro lado, quando essas relações são menos complexas, aparece mais claramente a ideia da ajuda ao marido, da ajuda à renda da família. Frente ao trabalho prescrito nas híbridas atividades e lugares, revela-se uma sobrecarga, um trabalho invisível que extrapola o "quintal da casa". Existem cotidianos e lugares que aumentam o grau de exploração dessa força de trabalho, potencializando agravos, fatores de riscos, e acidentes invisíveis, na engrenagem do trabalho, casa – associação – agroindústria – plantio, tão associados pela trabalhadora como a parte que lhes cabe. No trabalho na agricultura, observa-se que as trabalhadoras evidenciam dores decorrentes de posturas inadequadas por tempo prolongado, ao esforço físico, e à pressão mecânica sobre determinados segmentos do corpo, como os membros superiores e inferiores, exposição às radiações solares e ao calor por longos períodos e exposição a agrotóxico, assim como relacionados aos fatores organizacionais e fatores psicossociais de cada trabalho, associado a sobrecarga de trabalho comum em todos os lugares de trabalho na Vila. O espaço público possibilita a fala, que se faz escuta e reflete ação, favorecendo a mulher o questionamento do lugar que lhe é designado e o fortalecimento da identidade de trabalhadora, inserida nos espaços reprodutivo e produtivo da agricultura no ambiente rural na Amazônia.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }