@MASTERSTHESIS{ 2014:1246335744, title = {Gênese e distribuição das silicificações nos paleossolos e rochas sedimentares aflorantes em Manaus}, year = {2014}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4970", abstract = "Na região de Manaus afloram as unidades sedimentares Novo Remanso (Mioceno Médio) e Alter do Chão (Cretáceo / Paleoceno – Mioceno). Nesta última ocorrem corpos silicificados, atualmente denominados de Arenito Manaus. Os poucos trabalhos que abordaram a origem e distribuição destes corpos se baseiam apenas na descrição petrográfica, sem reconhecer microestruturas pedológicas e/ou de silcretes, nem levantamento sistemático de amostras. Com o intuito de compreender a gênese, os processos envolvidos, os estágios diagenéticos e a distribuição dos corpos silicificados aflorantes nos arredores de Manaus, este trabalho caracterizou sua macromorfologia, micromorfologia, petrografia e química. Foram encontrados 13 afloramentos, todos em margens de rios, com extensão lateral variando entre 98 e 928 m, e espessura de até 3,0 m. Foram caracterizadas nove fácies sedimentares nos locais estudados, associadas a um sistema fluvial entrelaçado: Cm, Aa, Ap, At, Al, Am, Afb, Pm e Pb. As silicificações abrangem de uma a quatro fácies por afloramento, e não foram vistas apenas na fácies At. Feições pedogenéticas presentes na fácies Afb e Pb confirma sequências múltiplas de paleossolos, desenvolvidos em climas sazonais, em períodos úmidos e secos. Foram reconhecidos vertissolos e argissolos, podendo os últimos constituir estratigraficamente uma camada guia na geologia local. A composição dos óxidos maiores, determinada por fluorescência de raios-X, exibe nos litotipos silicificados predomínio dos óxidos SiO2, Al2O3 e Fe2O3, e em menor proporção dos P2O5 e TiO2, e naqueles não silicificados baixos conteúdos de SiO2, e altos de Al2O3 e TiO, sendo o último óxido maior em amostras fortemente intemperizadas. As amostras com microestruturas de silicificação e concentrações de SiO2 > 80% foram denominadas de silcretes. A caracterização química achada concorda com a mineralogia determinada por difração de raios X, que consiste em quartzo, caulinita, haloysita, hematita, ferrihidrita, Goetita, Anatásio e Vivianita. Petrograficamente, as litologias são classificadas como quartzoarenitos e sublitoarenitos, médios a finos, alguns siltosos a conglomeráticos, apresentando-se também paleossolos. Grãos subangulares a subarredondados, com contatos frequentemente flutuantes, subordinados pontuais e raros longitudinais, confirmam os índices de empacotamento aberto. Porosidade principalmente móldica, intragranular e intergranular. Composição principalmente de quartzo, matéria orgânica, alguns opacos, raros grãos esqueletais de feldspato e traços de muscovita, biotita, rutilo e zircão, além de quartzo ígneo e metamórfico como fragmentos de rocha. É indicada a natureza arcosiana inicial nestes arenitos, atualmente maturos e submaturos. Foram identificados processos diagenéticos de compactação mecânica incipiente, dissolução de feldspatos e quartzo, autigênese de caulinita, opala e óxidos de ferro, sendo o primeiro o principal cimento dos arenitos, hidratação-desidratação, pedogênese, e neomorfismo a partir de opala amorfa para calcedônica e quartzo microcristalino. A silicificação apresenta varias espécies de sílica: opala, calcedônia e quartzo microcristalino. Foram identificados dois estágios diagenéticos: eodiagênese rasa e telodiagênese, com ausência de mesodiagênese. Estes seriam desenvolvidos em linhas de drenagens superficiais e/ou na zona de oscilação do nível freático de aquíferos rasos, sob influência de clima sazonal úmido e seco, com disponibilidade de matéria orgânica. Pelo menos dois eventos de silicificação teriam ocorrido, associados a um ou ambos os estágios diagenéticos. Ocorrências subsuperficiais de silicificações na área, descritas em perfurações de poços, podem ter a mesma natureza daquelas observadas em afloramentos, sendo posteriormente deslocadas verticalmente pela neotectônica, ou podem ter sido originadas por oscilação do nível freático de água subterrânea. Por causa da grande ocorrência de paleossolos aflorantes na região, é proposto o termo de Geossolo Manaus para denominar este conjunto de paleossolos.", publisher = {UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Geociências}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }