@MASTERSTHESIS{ 2018:1704185848, title = {Termoterapia por radiofrequência: um tratamento alternativo para Leishmaniose cutânea no Amazonas}, year = {2018}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6426", abstract = "No Brasil, a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) destaca-se por sua ampla distribuição, ocorrendo em todos os Estados da Federação. Em 2015, foram notificados 19.395 casos da doença sendo o Amazonas responsável por 1.713, todos na forma cutânea (SINAN, 2017). Na Amazônia, a LTA é causada por sete espécies de leishmanias [Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (V.) guyanensis, L. (V.) lainsoni, L. (V.) naiffi, L. (V.) shawi, L. (V.) lindenbergi e L. (Leishmania) amazonensis]. No Brasil o Ministério da Saúde recomenda, como droga de primeira escolha a ser usada no Sistema único de Saúde (SUS), o antimonial pentavalente e o isotionato de pentamidina ou a anfotericina B como segunda opção e Pentoxifilina como imunomodulador. Algumas dessas drogas vêm sendo utilizadas para tratar a Leishmaniose Cutânea (LC) durante décadas, contudo, são tóxicas e requerem duração prolongada do tratamento. Além do mais, parasitos resistentes a estes fármacos têm emergido culminando em progressão da doença. A Termoterapia é um tratamento alternativo para LC, que consiste na propagação de ondas de radiofrequência numa temperatura pré-determinada, localizadas, aplicada em lesões da pele para destruir fisicamente os parasitos sensíveis à temperatura e vem sendo utilizado com sucesso no tratamento para LC em outros países. Esse tratamento proporciona localização precisa e controlada de calor para tratar determinadas doenças de pele seletivamente no tecido. As células anormais e doentes são afetadas pelo calor e sofrem lise, já as células saudáveis circundantes não são afetadas pois temperatura está dentro de uma faixa tolerável. Este é um protocolo de baixo custo e não invasivo, no qual ainda são poucos os estudos relacionados à sua ação nas diferentes formas clinicas da LTA que ocorrem no Brasil, menos ainda quanto ao seu mecanismo de ação e resposta imune. Nesse estudo foram acompanhados 12 pacientes tratados com protocolo termoterápico (ThermoMed Modelo 1.8) por 12 meses para avaliação da eficácia clínica e 16 pacientes com LT, causada por Leishmania (Viannia) guyanensis, tratados por antimoniato de meglumina (Glucantine®). Pacientes com lesões únicas ou múltiplas, ambos os gêneros, de 0,5 a 3,0 cm2 tratados com termoterapia receberam apenas uma única aplicação e obtiveram 58% de cura clínica em até dois meses. O grupo tratado com glucantime® receberam ciclos de (20 mg/kg/dia) e aos 3 meses 100% destes apresentaram resolução das lesões com reepitalização tecidual. Dos pacientes tratado com glucantime foi realizada análise das citocinas pelas técnicas da Citometria de fluxo. A concentração das citocinas pró-inflamatórias (IL-2, TNF-α, IFN-γ) apresentaram diferenças significativas (p<0,0001) entre indivíduos infectados e não infectados (grupo controle). Indica-se o tratamento termoterápico para LC como método alternativo por ter menor custo, e efeito colateral reduzido, sugerindo-se a continuidade de estudos que possam esclarecer se existe uma resposta espécie especifica, direcionando assim a indicação terapêutica de suporte ao tratamento convencional.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada}, note = {Instituto de Ciências Biológicas} }