@MASTERSTHESIS{ 2018:586361757, title = {Avaliação farmacológica das atividades antioxidante, antinociceptiva e anti-inflamatória de extratos de Caryocar villosum em ensaios in vitro e in vivo}, year = {2018}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6902", abstract = "A dor e a inflamação são sinais de proteção do organismo nas situações de perigo e dano tecidual. Porém, em caráter exacerbado, mecanismos celulares e moleculares levam a uma persistente dor inflamatória consequente da intensa sensibilização dos nociceptores, comprometendo a qualidade de vida de muitas pessoas. Devido aos efeitos adversos, dependência química e tolerância relacionados aos atuais medicamentos, a busca por novas alternativas é necessária. Nesse contexto, a importante biodiversidade Amazônica fornece fontes de novos produtos terapêuticos, uma vez que muitas plantas são usadas pela população local para tratar suas doenças, mas pouco foram estudadas cientificamente. Uma dessas espécies é a Caryocar villosum, conhecida como piquiá, cujo óleo do fruto é tradicionalmente aplicado para o tratamento de dores musculares e reumatismo. Escassos trabalhos relatam as atividades farmacológicas do óleo do piquiá na dor e inflamação, efeitos relacionados com os compostos fenólicos. Posto isto, objetivou-se avaliar as atividades antioxidante, antinociceptiva e antiinflamatória de extratos obtidos de outras partes do piquiá. Foi avaliada a atividade sequestrante dos radicais ABTS•+ e DPPH• in vitro. Para as atividades antinociceptiva e anti-inflamatória in vivo, foram executados os testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, hiperalgesia mecânica induzida por carragenina, formalina e edema de pata induzido por carragenina. A atividade locomotora foi avaliada no teste de rota-rod. Os experimentos realizados foram aprovados mediante protocolo de aprovação do Comitê de Ética nº 042/2016. O extrato etanólico das cascas do fruto da Caryocar villosum, EECv (cascas), apresentou a menor CI50 (5,33 µg/mL) frente ao radical DPPH• dentre todos os extratos. Além disso, o EECv (cascas), administrado por via oral na dose de 300 mg/Kg, inibiu significativamente o número de contorções abdominais, o tempo de lambida da pata na segunda fase do teste da formalina e a hiperalgesia mecânica, quando comparado ao grupo não tratado. O efeito biológico foi revertido pela administração prévia de naloxona. O EEcv (cascas) também reduziu significativamente o volume do edema formado na fase tardia, quando comparado com o grupo não tratado. Estes efeitos farmacológicos foram atribuídos à presença de compostos fenólicos e flavonoides no extrato, sendo o ácido gálico e o ácido p-coumaroilquínico as substâncias majoritárias. Portanto, sugere-se que o EECv (cascas) possui atividades anti-inflamatória, por inibição da síntese de prostaglandinas, e antinociceptiva periférica com a modulação da via opioidérgica. Atesta-se assim o uso medicinal das cascas do fruto da Caryocar villosum para o tratamento da dor e inflamação, além do seu óleo, bem como a possibilidade tecnológica para a obtenção de um novo fitomedicamento.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas}, note = {Faculdade de Ciências Farmacêuticas} }