@MASTERSTHESIS{ 2020:1216689838, title = {A Companhia de Aprendizes Marinheiros do Par?: recrutamento, cotidiano e deser??o ? segunda metade do s?culo XIX}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8325", abstract = "A Companhia de Aprendizes Marinheiros do Par?, criada pelo Decreto-lei n? 1.517 de 1855, surgiu a partir de uma pol?tica de estado de abrang?ncia nacional, que, entre 1840 e 1874, implantou 18 Companhias de Aprendizes Marinheiros por todo o Imp?rio. Seu objetivo era levar indiv?duos preparados ? desde a inf?ncia ? ?s fileiras da armada nacional para realizar um trabalho que atendesse ao avan?o tecnol?gico que a ind?stria naval vinha presenciando a partir da segunda metade do s?culo XIX. Al?m disso, tamb?m teria um papel social, isto ?, retiraria os filhos das camadas pobres dos ?v?cios? e da ?criminalidade? que estavam sujeitos e, paralelamente, funcionariam como um mecanismo de substitui??o ao sistema de recrutamento for?ado respons?vel por levar a bordo dos vasos de guerra da marinha elementos avessos ? vida naval. No entanto, podemos perceber que o discurso pol?tico que envolve a cria??o da Companhia de Aprendizes Marinheiros, na pr?tica, desdobrou-se em uma pol?tica de criminaliza??o da ?prole? dos pobres e de cor, no Imp?rio, bem como a uma extens?o do sistema de recrutamento for?ado para esta parcela da popula??o. Empurraria para dentro da Companhia de Marinheiros do Par? centenas de crian?as e jovens que vivenciaram experi?ncias traum?ticas nas depend?ncias do Arsenal de Marinha ou nos navios-escola da Companhia. Experi?ncias marcadas pela constante vigil?ncia. Al?m disso, passaram pelo controle de tempo e do espa?o, pela explora??o da for?a de trabalho, por doen?as, castigos corporais e mortes. Nesse sentido, esta pesquisa demonstra que os menores aprendizes marinheiros foram capazes de reagir ao ambiente de repress?o imposto pelo Estado, principalmente, pela pr?tica da deser??o com a finalidade de voltarem a fazer suas escolhas a partir das experi?ncias sociais constru?das fora das depend?ncias do Arsenal de Marinha do Par?. Ou seja, voltariam a viver livremente suas vidas baseadas em formas tradicionais de trabalho a partir de h?bitos comuns ao cotidiano da popula??o amaz?nica nos oitocentos.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-gradua??o em Hist?ria}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Letras} }