@MASTERSTHESIS{ 2021:612644212, title = {Sociolinguística - desvelando o preconceito linguístico: os jovens Sateré-Mawé “sem-língua”}, year = {2021}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8675", abstract = "A presente dissertação é pautada na defasada educação escolar indígena por conta das dificuldades linguísticas e da comunicação dos jovens estudantes da etnia Sateré-Mawé que vivem em contexto urbano. Baniwa (2019) argumenta que quando confrontamos a educação escolar indígena com análise sobre a educação no Brasil, percebemos nitidamente o enquadramento dessa população no perfil da exclusão e os desafios educacionais. O trabalho em voga respondeu a seguinte questão: como ocorre o preconceito linguístico para com o português indígena Sateré-Mawé e como isto atrapalha o ensino-aprendizado do aluno indígena e, até mesmo, compromete sua identidade? Trata-se de um estudo no campo da interdisciplinaridade que tece diálogo entre a sociologia, educação e linguística, com o intuito de desvelar o preconceito linguístico que em tese esses estudantes Sateré-Mawé sofrem no âmbito escolar urbano. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa com base em Ludke & André, (2014), pautada na ótica descritiva, exploratória e de campo, por meio da observação e intensiva no local do fenômeno a ser desvelado. A técnica de pesquisa utilizada foi a aplicação de questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas com base em Ardenghi (2013). A pesquisa bibliográfica também foi utilizada e teve papel imprescindível nesse processo, trazendo a contribuição de teóricos para reflexão do tema abordado. Através da pesquisa bibliográfica buscamos subsídios teóricos para fomentar as discussões críticas do corpus do trabalho, através de leituras e análises de publicações de artigos de outros pesquisadores acerca do tema em voga. Relacionado à fundamentação teórica a pesquisa se apoiou em estudos de base antropológica em Ribeiro (1995), Bosi (1992) e Rosa (2010); com base sociológica com Torres (2014), Bourdieu (2008) e Soares (2020); e sociolinguísticos com Simas (2012), Labov (2008), Calvet (2002) e Tarallo (2007), entre outros. Além de apresentar um perfil socioeconômico, o trabalho investiga como os alunos indígenas utilizam a língua Sateré-Mawé no contexto escolar; verifica se a prática pedagógica da escola oportuniza espaços de interação e sociolização da cultura linguística Sateré; e, averigua quais as dificuldades encontradas pelo alunado indígena em face ao preconceito linguístico. Os resultados dessa pesquisa se deram de maneira consecutiva no que foram propostos no objetivo geral e específicos, destacando que as condições socioeconômicas dos jovens indígenas são de baixa renda, a recepção no ensino da língua portuguesa é dificultosa e longínqua da realidade linguística desses estudantes. A prática pedagógica tanto da escola quanto dos professores em relação à cultura linguística dos educandos Sateré-Mawé, desconhece as leis da LDB/BNCC, e não possue vínculo de valoração ou aprendizado concernente com os conceitos da sociolinguística em inclusão à Língua Sateré-Mawé.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }