@MASTERSTHESIS{ 2022:92611167, title = {O lugar da moral na com?dia plautina: um estudo sobre as sententiae em Rudens}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9178", abstract = "A com?dia Rudens foi possivelmente encenada entre 200 e 190 a.C., no ?mbito dos jogos c?nicos romanos (ludi scaenici). ? com?dia do tipo palliata (fabula palliata), com?dia romana ?? grega?, ou seja, com?dia em que os atores principais usavam o p?lio (pallium), e cujos autores c?micos tinham como base textos da Com?dia Nova grega (a Nea). O presente estudo discute acerca da fun??o das sententiae (?senten?as? ou ?m?ximas?, em portugu?s), um expediente ret?rico e moral, presentes na com?dia Rudens, de Plauto (III-II a.C.). Assume-se o texto (scriptura) de Rudens na perspectiva dos estudos teatrais n?o-aristot?licos de Florence Dupont (2017), nos quais a autora defende a com?dia romana como resultado de uma performance teatral ritual?stica e condicionada ao ludismo (ludus), uma est?tica pr?pria dos ludi scaenici. Metodologicamente, fazem-se a coleta e a listagem das sententiae conforme aparecem na com?dia, o que possibilita uma an?lise contextual, estabelecendo correla??es entre sententiae expressas pelos personagens e outras passagens com que podem guardar conex?es, observando-se tamb?m a contribui??o das sententiae para a celebra??o dos jogos. A an?lise trata do moralismo contido no pr?logo, investiga a recep??o desse moralismo entre mulheres (mulieres) e escravos (serui) no decorrer da pe?a, em contextos de ironia dram?tica (MORA, 2003) e em disputas discursivas, e examina uma passagem metateatral em que o uso de sententiae na palliata ? tematizado como t?cnica c?mica (Rud. vv. 1235-1253). Para fomentar tais discuss?es, pondera-se sobre o lugar da moral e o uso de m?ximas na com?dia plautina, considerando interpreta??es de classicistas modernos (HUNTER, 1989; DUCKWORTH, 1994; MOORE, 1998; DINTER, 2016) no que diz respeito aos efeitos da moraliza??o na com?dia romana. As conclus?es deste estudo indicam que as sententiae constituem uma t?cnica c?mica, sendo proferidas, em Rudens, sobretudo pelos escravos Tracali?o (Trachalio) e Gripo (Gripus). Tais senten?as surgem em disputa discursiva e em trechos em que os personagens renunciam ironicamente ? moral dissimulada pelo prologuista (prologus), a divindade Arcturo (Arcturus), e assimilada no restante da pe?a pelo velho (senex) D?mones (Daemones). A recusa ir?nica dos personagens ? moraliza??o do prologus, o uso de m?ximas para fundamentar causas tolas entre mulheres e escravos e a passagem metateatral em que as sententiae s?o reveladas como t?cnica c?mica induzem acreditar que as sententiae n?o seriam, afinal, recurso de moraliza??o em Rudens.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-gradua??o em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }