@MASTERSTHESIS{ 2022:1994870786, title = {O uso da concord?ncia em constru??es do tipo ter/haver + partic?pio passado: uma descri??o do portugu?s registrado no Amazonas no s?culo XIX}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9209", abstract = "Basta que se cotejem as gram?ticas normativas/tradicionais brasileiras para notarmos um consenso entre os gram?ticos tradicionais de que o uso do partic?pio junto aos verbos ter/haver se realiza com sua forma invari?vel em rela??o a g?nero e n?mero. Entretanto, em situa??es menos monitoradas de fala ou escrita, ? comum nos depararmos com constru??es de partic?pio flexionado, mesmo diante de ter/haver. A problem?tica central deste trabalho surge a partir da constata??o de que a constru??o com partic?pio flexionado e a constru??o com partic?pio n?o flexionado n?o s?o somente estruturalmente diferentes, mas podem, em certos contextos, assumir sentidos diferentes. Almeida (2009) j? apontava, em sua gram?tica, tais diferen?as de sentido entre ?Tenho corrigido as li??es? e ?Tenho corrigidas as li??es?, por exemplo. Assim, reconhecendo a exist?ncia das duas constru??es e considerando o tratamento dado ao partic?pio em Gram?ticas Prescritivas do Portugu?s Brasileiro, este trabalho tem como objetivo geral: Analisar o uso da concord?ncia em senten?as ativas com ter/haver + partic?pio passado nas cartas comerciais do s?culo XIX da empresa de J.G Ara?jo (1881), registradas no Amazonas; destacando o exerc?cio de novas fun??es (e/ou novos sentidos) em raz?o da altern?ncia de sua natureza gramatical. ? luz do Funcionalismo Lingu?stico norte-americano, que prioriza o estudo da l?ngua em situa??o comunicativa e reconhece a exibi??o de mecanismos emergentes na l?ngua como consequ?ncia da necessidade de formas mais expressivas ou de atender aos seus prop?sitos comunicativos, nossa an?lise descritiva contempla o partic?pio, por exemplo, que, de verbo, assume tamb?m ser adjetivo, e que alterna entre as duas categorias gramaticais dependendo do contexto sint?tico em que est? inserido. Para isso, coletamos os dados em 90 cartas, totalizando 54 ocorr?ncias com partic?pio inserido na constru??o do tipo ter/haver. Analisamos qualitativamente o contexto sint?tico das constru??es de tempo composto e do ?nico dado encontrado com partic?pio flexionado, evidenciando fatores como tipo de sujeito, tipo de objeto, posi??o do complemento, presen?a ou aus?ncia de material entre partic?pio e complemento, conjuga??o, transitividade verbal, marca??o e iconicidade. Como resultado das nossas pesquisas em torno do partic?pio, percebemos que ? problem?tico fazer afirma??es categ?ricas quanto ao desaparecimento definitivo ou ? perman?ncia de estruturas com partic?pio flexionado, j? que, em determinadas circunst?ncias, a sintaxe de partic?pio flexionado sobrevive, e em outras ela ? bloqueada. Desse modo, evidenciamos que a estrutura sint?tica em que o partic?pio se apresenta pode diretamente influenciar a interpreta??o do partic?pio como [+verbal] ou [+adjetival]. Com este trabalho, buscamos, a partir da descri??o do uso do partic?pio em cartas do s?culo XIX, come?ar a elucidar quest?es que envolvem as motiva??es para a perman?ncia do partic?pio flexionado em constru??es com ter/haver, que chegam at? os tempos modernos, possivelmente, por raz?es sem?nticas, isto ?, por uma quest?o de diferencia??o dos sentidos que cada estrutura comporta. Por?m, compreendemos que h? um caminho longo ainda a ser percorrido nesse estudo.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-gradua??o em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }