@PHDTHESIS{ 2022:1166174054, title = {Negros em Parintins/AM: relações raciais, fronteiras étnicas e reconhecimento identitário}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9233", abstract = "A contribuição da cultura negra é reconhecida na formação étnico-racial amazônida, evidenciada principalmente nas narrativas transmitidas de geração a geração, nas manifestações folclóricas, na gastronomia, nas religiões, entre outros aspectos socioculturais da região. Apesar disso, ainda há muito a ser revelado sobre as vivências dos negros na Amazônia, sobretudo no Estado do Amazonas, onde a cultura afro foi considerada, durante muito tempo, insignificativa para a constituição sociocultural do território. Sobre o exposto, entende-se que a história dos negros no território amazônico é um campo de estudo onde indagações são comuns em face à caracterização de uma Amazônia predominantemente marcada pela cultura indígena, o que se alia a construção de uma história regional produzida a longos passos. No que diz respeito à Parintins – município distante 369 km em linha reta de Manaus, capital do Estado do Amazonas – negros fazem parte da constituição étnico-racial da população local, porém a história, cultura e identidade afro ainda causa estranhamento quando são colocadas em discussões sobre a formação sociocultural do município. Considera-se importante conhecer as identidades e relações étnico-raciais em que estão envolvidas a presença de negros no município de Parintins, analisando as contribuições dos africanos e afrodescendentes amazônidas para a História e identidade do referido município e verificando suas possíveis relações/influencias com as populações de municípios próximos onde há afirmação de identidade negra (quilombola ou não). Discute-se como Parintins se insere no contexto das relações raciais brasileiras, suas fronteiras étnicas, relações étnico-raciais, territorialidades, identidades negras refletindo a diversidade étnica existente no contexto amazônico. Os trânsitos, lutas e identidades afro-amazonenses são apresentados e as ações afirmativas de grupos étnicos do Amazonas. Pretendeu-se também analisar as memórias da presença negra no Amazonas transmitidas através dos relatos orais de geração a geração assim como as referências contidas nas manifestações folclóricas como toadas de boi-bumbá (GOMES E COSTA, 2016), nas festas de São Benedito, nos terreiros de Umbanda e manifestações do Candomblé em Parintins (SILVA E FERREIRA, 2015). Registros históricos e antropológicos sobre negros em Parintins, dados constantes em documentos oficiais e notas jornalísticas que tratam da escravização e resistências negras são apresentados assim como as manifestações afro como resistências antigas e significativas para a população local. As falas de Parintinenses e suas considerações sobre a presença negra no território local ecoam no texto e as mulheres negras que representaram a personagem Mãe Catirina no Festival Folclórico de Parintins, desenvolvem a discussão sobre identidade, presença feminina no boi-bumbá, representatividade e perspectivas para a festa folclórica. Assim, ampliaremos os resultados dos estudos dedicados a analisar as trajetórias de negros no território amazônico acrescentado a estes trabalhos novas abordagens sobre o cotidiano de negros e negras no espaço amazônico, assim como as diferentes práticas e influencias que podem (ou não) estar registradas em obras produzidas sobre os negros/negras na Amazônia.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }