@MASTERSTHESIS{ 2023:1481772632, title = {Etnobotânica e a biodiversidade de macrófitas aquáticas em comunidades no Alto Solimões, Amazonas, Brasil}, year = {2023}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9493", abstract = "As macrófitas aquáticas são plantas vasculares, cujas partes fotossintetizantes ativas são permanentemente ou por alguns meses do ano total, parcialmente submersas ou, ainda, flutuantes, podendo ainda ocupar desde áreas encharcadas até aquelas completamente alagadas. Em vista dos diversos benefícios apresentados por elas, nota-se que pesquisas referentes a estes vegetais estão sendo realizadas em todas as regiões do país, sendo alguns deles direcionados para levantamentos florísticos, outros sobre os aspectos ecológicos e alguns referentes a áreas úmidas. Em especial na região Norte, cada vez mais os pesquisadores estão publicando trabalhos de grande importância científica sobre macrófitas aquáticas, auxiliando assim a ciência com informações de relevância sobre levantamentos florísticos, uso diversos dessas plantas e até mesmo novas ocorrências de espécies. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo principal compreender a relação etnobotânica e a biodiversidade de macrófitas aquáticas no município de Tabatinga, Alto Solimões, Amazonas. As pesquisas foram realizadas nas comunidades ribeirinhas de Limeira e de Teresina I, buscando levantar qual a riqueza de espécies de macrófitas aquáticas existentes nessas comunidades para posteriormente compreender e analisar qual o conhecimento e os usos que essa população tradicional faz acerca dessas plantas. Registrou-se uma riqueza de 51 espécies de macrófitas aquáticas distribuídas entre 43 gêneros, 26 famílias, com destaque para Poaceae e Cyperaceae como as mais frequentes. A riqueza de espécies sempre foi maior no período de seca nas duas comunidades, período este que contribuiu com o incremento de 26 espécies nas comunidades. As formas biológicas variaram em função dos períodos investigados, tendo sido as formas flutuantes livres emersas (23,68%) e emergentes gramíneas (21%) as mais frequentes na cheia e a forma anfíbia (45,83) a predominante na seca. Para a investigação do conhecimento tradicional, foram realizadas entrevistas e a aplicação de questionários semiestruturados com as populações ribeirinhas de duas comunidades do Alto Solimões a fim de entender qual a percepção e utilização de macrófitas aquáticas pelos moradores destas. Foi observado que a maioria dos moradores conhecem as macrófitas aquáticas em ambas as localidades e as utilizam para alimentar os peixes e outros animais, para tratamento de feridas, tumores, asma, dores de cabeça, alimentação humana e para artesanato. Os resultados obtidos no presente estudo sugerem que cada comunidade possui um ecossistema de plantas aquáticas semelhantes, sendo a especificidade das condições abióticas da água o principal fator estruturador de cada ecossistema. E em relação ao conhecimento tradicional, conclui-se que as populações ribeirinhas investigadas expressaram grande conhecimento acerca das plantas que não foi adquirido em escolas, mas sim em vivências familiares e que foi passado ao longo das gerações, de modo que alguns usos das plantas, como por exemplo a confecção de artesanatos, estão sendo perdidos.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais}, note = {Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá} }