@MASTERSTHESIS{ 2023:796540297, title = {Morfofisiologia digestiva de Potamotrygon wallacei Carvalho, Rosa e Araujo (2016): uma esp?cie de arraia ornamental amaz?nica}, year = {2023}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9671", abstract = "Este estudo ? uma contribui??o ? morfologia e fisiologia digestiva da arraia de ?gua doce Potamotrygon wallacei, uma esp?cie de elasmobr?nquio neotropical end?mica da bacia do Rio Negro (Amaz?nia Central). Embora seja popular como peixe ornamental, a manuten??o desta esp?cie em cativeiro frequentemente resulta em morte devido aos problemas alimentares e estresse devido ao confinamento. O objetivo do estudo foi investigar detalhadamente a anatomia e a fisiologia do trato digest?rio (TD) desta arraia. Quanto aos aspectos morfol?gicos utilizou-se de t?cnicas em histologia convencional e ferramentas em estereologia para descrever e quantificar as diversas camadas presentes no est?mago e intestino espiral. Os aspectos funcionais do TD foram examinados por meio das atividades das principais enzimas digestivas que atuam na prote?lise, lip?lise e hidr?lise de carboidratos. Para compreender as interrela??es entre a digest?o dos macronutrientes (prote?nas, lip?dios e carboidratos), um modelo te?rico foi avaliado por meio de modelagem de equa??es estruturais (MES). Morfologicamente, o es?fago possui pregas horizontais. As quatro camadas histol?gicas s?o distingu?veis: mucosa, submucosa, muscular (m?sculo estriado esquel?tico) e serosa. O epit?lio estratificado da mucosa possui numerosas c?lulas mucosas PAS+ e azul de Alcian+, indicando secre??o de mucinas neutras e ?cidas, respectivamente. Atividades residuais de enzimas proteol?ticas, lipol?ticas e carboidratases foram encontradas no es?fago. Contudo, estas enzimas podem representar atividades end?genas intracelulares, o que sugere um limitado papel na digest?o luminal dos macronutrientes ingeridos. O est?mago tem formato de U. A por??o descendente representa a regi?o card?aca, enquanto a ascendente ? a pil?rica. Independente da regi?o, as camadas histol?gicas da parede estomacal incluem: mucosa, submucosa, muscular (com camadas internas e externas) e serosa. No est?mago card?aco, a camada mucosa representa 44,7% do volume total da parede do ?rg?o. As gl?ndulas g?stricas (um componente da mucosa) ocupam quase metade do volume da camada mucosa. Enzimas proteol?ticas tipo pepsina, tripsina, quimiotripsina e elastase, al?m das lipases, fosfatases ?cidas, esterases e carboidratases est?o presentes. Isto indica que o est?mago card?aco tem elevado potencial para digerir prote?nas, lip?dios e alguns carboidratos. A densidade de gl?ndulas g?stricas diminui e tornam-se ausentes no est?mago pil?rico. Isto explica uma redu??o na capacidade das enzim?ticas digestivas. Por?m, a musculatura lisa da parede do est?mago pil?rico torna-se espessa devido a maior propor??o de m?sculo liso na muscular interna (circular). Tal mudan?a sugere um papel ativo do est?mago pil?rico no processo de mistura e aux?lio na passagem do quimo para o intestino espiral. O intestino espiral (v?lvula espiral) possui 10-11 voltas histologicamente constitu?das de epit?lio colunar simples, l?mina pr?pria (tecido conjuntivo frouxo) e m?sculo liso disperso. O epit?lio ? quase que exclusivamente formado por c?lulas absortivas (enter?citos) e raras c?lulas mucosas. A l?mina pr?pria possui numerosos vasos sangu?neos. A parede da v?lvula espiral possui as quatros camadas teciduais: mucosa, submucosa, muscular e serosa. A densidade de tecido epitelial tende a diminuir, enquanto, aumenta-se a propor??o de submucosa. Isto indicando uma tend?ncia na capacidade de transporte de nutrientes para os vasos sangu?neos. O intestino espiral ? a sede final da digest?o das prote?nas, lip?dios e carboidratos. As elevadas atividades das endopeptidases (tripsina, quimiotripsina e elastase), bem como da exopeptidase, leucina aminopeptidase, refor?am o potencial proteol?tico da v?lvula espiral na digest?o das prote?nas. A capacidade lipol?tica e hidr?lise de carboidratos tamb?m s?o elevadas neste local. Os modelos baseados em MES sugerem forte depend?ncia entre estas tr?s vias catab?licas nos diferentes ?rg?os do trato digestivo. Por fim, os dados morfol?gicos e das enzimas digestivas s?o consistentes com as informa??es sobre a dieta de P. wallacei, uma arraia carn?vora que consome especialmente crust?ceos, larvas de insetos e pequenos peixes. Os resultados deste estudo podem contribuir para o desenvolvimento de boas pr?ticas de manejo na alimenta??o das arraias em cativeiro, visando a preserva??o da esp?cie e o bem-estar dos indiv?duos em ambientes confinados.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncia Animal e Recursos Pesqueiros}, note = {Faculdade de Ci?ncias Agr?rias} }