@MASTERSTHESIS{ 2024:2144889898, title = {Estudo químico e biológico de fungos endofíticos isolados de Deguelia duckeana}, year = {2024}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10145", abstract = "Nos últimos anos, o estudo químico dos fungos endofíticos tem demostrado que eles produzem uma variedade de novos metabólitos secundários. Além disso, endófitos fúngicos podem desenvolver a capacidade de produzir substâncias similares às suas plantas hospedeiras, tornando-se uma alternativa ecológica na busca por substâncias bioativas. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi verificar o potencial químico e biológico dos fungos endofíticos isolados de Deguelia duckeana quanto a produção de substâncias bioativas. Para isso, folhas saudáveis de D. duckeana foram coletadas e desinfestadas. Após a incubação de fragmentos foliares em meio BDA sólido, os fungos endofíticos foram isolados e purificados. Para obtenção de extratos brutos metanólicos do micélio, os fungos endofíticos (14 cepas) foram cultivados em escala reduzida em meio Czapek acrescido de 0,2% extrato de levedura, a 30 °C, sob modo agitado por 20 dias. Os extratos metanólicos foram submetidos aos métodos de cromatografia em camada delgada, ressonância magnética nuclear de 1H (RMN de 1H) e avaliação antibacteriana para seleção de um fungo para cultivo em escala ampliada. O fungo selecionado foi cultivado nas mesmas condições iniciais e teve seus micélios extraídos com diclorometano e metanol. O extrato metanólico foi particionado com acetato de etila originando as fases hidrometanólica e acetato de etila. Os extratos e fases foram submetidos a métodos cromatográficos, RMN, cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM), ensaio antibacteriano e de toxicidade frente à Artemia salina. Foram isolados 28 fungos endofíticos das folhas de D. duckeana, dos quais 14 fungos foram selecionados para cultivo submerso. As análises por cromatografia em camada delgada dos extratos metanólicos fúngicos revelaram indícios de substâncias aromáticas, alcaloides e terpenos. As análises por RMN de 1H confirmaram a presença de tais classes químicas. A triagem química direcionou a seleção para os fungos codificados como BDDD14-G3, BDDD23-G5 e BDDD25-G4, que foram identificados como Diaporthe sp., Colletotrichum sp. e Diaporthe oculi, respectivamente. O extrato metanólico de D. oculi destacou-se no ensaio antibacteriano e foi o fungo selecionado para cultivo em escala ampliada. O extrato diclorometano de D. oculi, foi submetido a fracionamentos cromatográficos e levou ao isolamento do ergosterol e uma mistura de triacilgliceróis. A análise por CG-EM dos triacilgliceróis identificou a presença de 13 ácidos graxos, sendo o ácido palmítico (27,9%) e o ácido esteárico (16,5%) os ácidos graxos metilados predominantes na mistura. O extrato diclorometano e as fases hidrometanólica e acetato de etila do extrato metanólico se mostraram não tóxicos contra Artemia salina. O extrato diclorometano inibiu 49,75% do crescimento de Escherichia coli. Esses resultados contribuem para a caracterização química e biológica da microbiota endofítica da espécie D. duckeana. Além disso, este é o primeiro relato de estudo químico para D. oculi. Estudos futuros poderão continuar a explorar o potencial biotecnológico dos demais fungos de D. duckeana, bem como identificar outras substâncias presentes nos extratos de Diaporthe oculi com possíveis potenciais biológicos.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Química}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }