@MASTERSTHESIS{ 2024:1175456505, title = {O ensino de francês no Amazonas: ações glotopolíticas}, year = {2024}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10109", abstract = "As políticas linguísticas para o ensino de línguas estrangeiras no Brasil, efetivadas pelo Estado, estão desconsiderando cada vez mais o mosaico multicultural e plurilíngue que constituem nossa diversidade. Exemplo disso, foi a promulgação da Lei nº 13.415 de fevereiro de 2017, que retirou o poder de escolha da comunidade escolar da oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, impondo apenas a oferta do ensino obrigatório da língua inglesa nos currículos escolares brasileiros. Visando analisar os efeitos dessa política linguística vigente para o ensino de francês no Amazonas, bem como sua situação atual, esta investigação teve como objetivo geral analisar de que maneiras o ensino de francês tem sido promovido no Amazonas a partir da mudança implementada pela lei supramencionada. Consideramos analisar não somente o panorama do ensino do idioma no estado, mas também a formação em Letras Língua e Literatura Francesa ofertada pela Universidade Federal do Amazonas. Quanto aos seus fundamentos teóricos, apoiamo-nos nos conceitos de política linguística e glotopolítica em autores como Guespin e Marcellesi (1986), Calvet (2007), Lagares (2018) e outros. Descrevemos breve panorama histórico da presença da língua francesa no Brasil com base em Pietraróia (2008), Leffa (2016), Arruda (2016), além do panorama atual do ensino de francês no Amazonas através de Teixeira (2020), Girão (2021) e outros. Fechamos nosso aporte teórico discorrendo sobre a formação de professores de francês no Brasil e no Amazonas ancorados em Saviani (2009), Viana e Pacheco (2016), Volpi (2008), Celani (2008) e UFAM (2016). Entendemos que este estudo está ancorado na abordagem qualitativa ou interpretativa (Vieira, 2009; Prodanov e Freitas, 2013) e apresenta-se como sendo de natureza básica, de base empírica, cujas fontes de informações se encaixam em pesquisa terciária (Paiva, 2019) e possui ainda caráter exploratório (Gil, 2017). As técnicas de pesquisa adotadas nesta investigação foram a pesquisa bibliográfica (Fachin, 2017), documental (Gil, 2017) e de campo com base em Barros e Lehfeld (2007). Os instrumentos de geração de dados compreenderam documentos institucionais, além de questionário investigativo (Vieira, 2009). Os procedimentos e análises de dados seguiram a Análise de Conteúdo de Bardin (2011), por meio da técnica de análise categorial temática. Após análise dos dados documentais de acordo com suas categorias de análise, os resultados apontam que a lei não trouxe impactos quanto aos locais de estágio para os estudantes da licenciatura nem sobre a entrada de novos alunos no curso. Além disso, evidenciou-se que, apesar da lei, ações glotopolíticas variadas estão sendo desenvolvidas em favor da língua francesa no estado como, por exemplo, oferta de formação inicial de nível superior por meio da UFAM, ensino de francês para a sociedade através do Centro de Estudos de Línguas da UFAM, oferta do ensino de francês para a comunidade acadêmica da UFAM via Programa Idiomas sem Fronteiras e ensino de francês em regime bilíngue na rede estadual pública de ensino por meio da Escola Estadual José Carlos Mestrinho. Analisou-se também as perspectivas dos formadores de professores de língua francesa da UFAM quanto ao ensino e formação de professores no estado. A maioria dos docentes concordam que o ensino do idioma possui espaço no mercado de trabalho amazonense através de escolas de idiomas, que absorve os egressos da licenciatura. Entendem também que a lei não trouxe novos desafios para o curso e que estes permanecem os mesmos, a luta pela institucionalização do ensino de francês através de leis estaduais e municipais, seguido pelo desafio de criar novos espaços de atuação profissional para professores de francês.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }