@MASTERSTHESIS{ 2024:1470001936, title = {Da Aldeia ? Universidade: viv?ncias cotidianas de mulheres ind?genas em uma universidade do estado do Amazonas}, year = {2024}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10213", abstract = "A inser??o dos povos ind?genas nas Universidades P?blicas ? resultante da luta individual e coletiva desses povos por uma educa??o com equidade e qualidade. Apesar da presen?a das mulheres ind?genas ocorrerem de forma mais vis?vel e ativa na universidade, n?o significa que essa presen?a aconte?a sem entraves e dificuldades, especialmente em rela??o ? desigualdade de g?nero e a discrimina??o ?tnico-racial. A partir disso, essa pesquisa tem como objetivo compreender as viv?ncias cotidianas de mulheres ind?genas enquanto estudantes universit?rias da Escola Superior de Ci?ncias da Sa?de (ESA). Metodologicamente, caracteriza-se como uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, utilizando como aporte te?rico autores da Psicologia Social em di?logo com autores decolonias e ind?genas. Como instrumento, utilizamos entrevistas semiestruturadas e o di?rio de campo. Participaram da pesquisa, seis mulheres ind?genas, estudantes de medicina (1), enfermagem (2) e odontologia (3), com idades entre 20 e 29 anos. Analisamos o conte?do das entrevistas a partir da An?lise Tem?tica (AT) proposta por Braun e Clarke, na qual identificamos tr?s temas centrais e sete subtemas: 1. Chegada e perman?ncia (desafios anterior; desafios cotidianos); 2. Sa?de (fatores prejudiciais; redes de apoio; sugest?es); 3. Saberes (saberes e conhecimento em sa?de; saberes que se encontram). Os resultados revelaram que a luta das mulheres ind?genas para ingressar na universidade, se inicia antes mesmo de sua chegada a esse espa?o, come?ando ainda na sa?da de sua aldeia, em que o percurso da aldeia ? universidade caracteriza-se como um percurso n?o apenas f?sico, mas tamb?m simb?lico. As experi?ncias compartilhadas pelas estudantes ind?genas evidenciaram uma realidade preocupante de desigualdades sociais e barreiras socioecon?micas que as acompanham desde o ensino b?sico, e podem ser refor?adas e perpetuadas na universidade. Nesse contexto permeado por desafios e lutas para ingressar e permanecer na universidade, as mulheres ind?genas cotidianamente realizam um movimento de reterritorializa??o na tentativa de demarcar seu espa?o enquanto ind?gena, mulher e universit?ria. Esses entendimentos destacam a import?ncia n?o apenas de garantir o ingresso de estudantes ind?genas no ensino superior, mas tamb?m de proporcionar condi??es adequadas para a perman?ncia e conclus?o de seus estudos. As vozes insurgentes das estudantes reivindicam a necessidade de uma universidade que respeite e considere as especificidades desta mulher ind?gena. Ao relacionarem os conhecimentos tradicionais com os conhecimentos da medicina convencional sobre os cuidados em sa?de, refor?aram a possibilidade de coexist?ncia e encontro de diferentes saberes, contribuindo para o fortalecimento de suas identidades culturais e conhecimentos no territ?rio acad?mico. Portanto, a universidade, como espa?o de constru??o de conhecimento, deve possibilitar di?logos interculturais e decoloniais que reconhe?a, valorize e respeite os conhecimentos dos povos ind?genas em sa?de.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-gradua??o em Psicologia}, note = {Faculdade de Psicologia} }