@PHDTHESIS{ 2024:1472432037, title = {As mem?rias, narrativas e recria??es que entretecem a rede jongueira e caxambuzeira no Sudeste do Brasil}, year = {2024}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10416", abstract = "As pr?ticas dos jongos e caxambus por agentes sociais das comunidades localizadas nas divisas interestaduais entre o Sul do Esp?rito Santo, Norte e Noroeste do Rio de Janeiro e Sudeste de Minas Gerais, al?m de serem valorosos saberes da dimens?o simb?lica e espiritual de seus territ?rios, representam mobiliza??es concernentes a demarca??o territorial e da identidade ?tnica enquanto afro-brasileiros e quilombolas para o acesso ? direitos constitucionais. Al?m dessas categorias de autoidentifica??o, tamb?m se ressalta enquanto jongueiros ou caxambuzeiros, pelo vi?s do patrim?nio cultural reconhecido em 2005 como ?Jongo do Sudeste? pelo IPHAN. As rela??es sociais, sobretudo com a referida ag?ncia de cultura de Estado, que envolvem os agentes ?tnicos liderados pelos ?mestres? (estes anci?os que formam e organizam o ?grupo?, um coletivo que promove os rituais de acordo com as mem?rias e narrativas herdadas por essa lideran?a), s?o o objeto de estudo da presente pesquisa doutoral. Nesse ensejo, destaco as articula??es estabelecidas pelo Grupo de Jongo Congola, de Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro, Brasil), sobretudo as a??es desempenhadas pela mestra Geneci Maria da Penha, a Dona Noinha. Entre os anos de 2012 a 2016 participei de pesquisas sobre a tem?tica em diversas comunidades praticantes dessa modalidade expressiva no estado do Esp?rito Santo. Todavia, a partir de 2017, estendi as an?lises para as demais regi?es do Sudeste e, em especial, para munic?pio de Campo dos Goytacazes, momento em que pude observar a din?mica cultural no ?terreiro de Noinha?, baseado nas a??es do Grupo de Jongo Congola. Tal extens?o se deu a partir dos relatos dos lugares de mem?ria proferidos pelos ?mestres?, durante aquele primeiro momento de imers?o no mundo do jongo e caxambu nos anos de 2012 a 2016, na qual destacaram nas entrevistas as narrativas de deslocamentos de seus antepassados (africanos e afro-brasileiros que foram escravizados nas fazendas de caf? e cana de a??car), e de lugares onde se realizavam essas pr?ticas no passado. Os dados etnogr?ficos s?o apreendidos por meio de entrevistas, registros audiovisuais e fotogr?fico, al?m de materiais dispostos no acervo documental pessoal dos jongueiros. O jongo ? uma recria??o resultante dos processos organizativos dos agentes sociais praticantes desse ritual, o que lhe confere uma constante e mut?vel reconstru??o de suas territorialidades, estabelecida pelas narrativas de seus ancestrais, pelas festas do passado que promoviam os rituais, as m?sicas (?pontos?) cantados e afinidade da proced?ncia em comum do continente africano. Ademais, todos esses elementos permeiam os discursos desses agentes sociais para o aquilombamento das mem?rias e dos lugares de seus respectivos munic?pios bem como a reafricaniza??o de seus territ?rios e de sua est?tica.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-gradua??o em Antropologia Social}, note = {Instituto de Filosofia, Ci?ncias Humanas e Sociais} }