@MASTERSTHESIS{ 2024:1970857355, title = {Uma análise sociolinguística da expressão pronominal de P2 na posição de sujeito na fala manauara (AM)}, year = {2024}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11321", abstract = "Este trabalho busca investigar o fenômeno variável “Expressão pronominal de P2” na posição de sujeito na fala de adolescentes de 13 a 18 anos, em Manaus, no Amazonas, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (WLH, 2006 [1968]; TARALLO, 2007; LABOV, 2008 [1972]; MOLLICA e BRAGA, 2015; COELHO et al., 2010, 2015, dentre outros). Com tais pressupostos, assumimos que a variação linguística é sistemática e, assim, grupos de fatores internos e externos à língua condicionam o uso de uma ou de outra variante, tais quais, neste estudo, ‘tu’, ‘você’ e ‘o (a) senhor (a)’. Dessa forma, temos como objetivos específicos: i) descrever as variantes do fenômeno analisado; ii) analisar os grupos de fatores linguísticos e extralinguísticos que atuam ou não sobre as variantes descritas e iii) verificar qual a avaliação social e estilística os adolescentes têm acerca da "expressão pronominal de P2”, por meio de perguntas sobre a avaliação linguística. A metodologia utilizada teve como base o protocolo de coleta de dados adotado por Traesel (2016). Dessa forma, o corpus desta pesquisa foi constituído por uma amostra de fala de alunos do Ensino Fundamental (anos finais) e do Ensino Médio. A amostra de fala foi coletada por meio de três gêneros orais: interação espontânea, podcast e entrevista sociolinguística (individual). Sobre as interações espontâneas e os podcasts, esses foram realizados com todos os alunos das turmas selecionadas de quatro escolas, sendo duas públicas e duas privadas, enquanto a entrevista foi realizada, no total, com 16 alunos, ou seja, 4 alunos de cada turma, distribuídos por escola (8 de escolas particulares, 8 de escolas públicas), faixa etária/série escolar (4 do 9.º ano do ensino fundamental anos finais, 4 das 2.ª e 3.ª séries do ensino médio), sexo/gênero (4 meninas de escolas particulares e 4 meninos de escolas públicas). A entrevista, ainda, tinha como critério de seleção ser realizada somente com aqueles alunos que nasceram em Manaus e têm os pais e/ou responsáveis manauaras. Para o entendimento da regra variável que rege a “expressão pronominal de P2” na posição de sujeito na fala manauara, controlamos os seguintes condicionadores linguísticos e extralinguísticos: referenciação (direta, indireta ou indeterminada), paralelismo linguístico (sujeito e possessivo, sujeito e complementos, entre pronomes em uma série), concordância verbal com o tu (marcada, não marcada), tipo de gênero oral (interação espontânea, podcast), tipo de frase (exclamativa, declarativa, imperativa, interrogativa e optativa), preenchimento do sujeito (preenchido, não preenchido), faixa etária/série escolar (13 a 15/9.º ano do ensino fundamental anos finais, 16 a 18/2.ª e 3.ª séries do ensino médio), sexo/gênero (homem, mulher), escola (pública, privada) e relações sociais entre interlocutores (assimetria e simetria). Quanto aos resultados gerais, no que diz respeito aos dados de uso linguístico, a forma ‘tu’ foi mais frequente e produtiva, com percentual de 63,3%, e foi favorecida pelas variáveis tipo de gênero oral e faixa etária. No que tange à avaliação linguística, os estudantes associaram o ‘tu’ à informalidade e simetria; o ‘você’ concorre com o ‘tu’ tanto no caminho da intimidade quanto no caminho do respeito, quando concorre também com a forma ‘o (a) senhor (a)’. Ao final deste trabalho, espera-se ter contribuído com os estudos descritivos sobre o Português Brasileiro (PB), além de ampliar, especificamente, as discussões sobre uso e avaliação linguística no Amazonas.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }