@MASTERSTHESIS{ 2025:1015121995, title = {Avaliação química e biológica de fungos endofíticos isolados de Vismia japurensis (Hypericaceae)}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11095", abstract = "Os fungos endofíticos são conhecidos por habitarem as partes aéreas e subterrâneas das plantas sem lhes causar danos aparentes. Estes microrganismos vem sendo alvo de estudos e tem demonstrado serem promissores quanto à produção de substâncias bioativas, dado ao fato de apresentarem a capacidade em produzir metabólitos secundários com atividades variadas, tal qual a sua planta hospedeira. Nesse sentido, a família Hypericaceae possui espécies que são produtoras de substâncias biologicamente ativas, como a espécie Vismia japurensis, que em estudos químicos e biológicos demonstrou a capacidade de produzir substâncias com atividades antimicrobiana, antioxidante, tóxica, antimalárica, dentre outras. Essa espécie, assim como outros representantes de Hypericaceae, carecem de estudos quanto aos seus fungos endofíticos associados. Portanto, este trabalho teve por objetivo avaliar química e biologicamente os fungos endofíticos de V. japurensis. Inicialmente, foram coletadas folhas sadias de V. japurensis no mini campus da UFAM e a partir de processos de desinfestação foram isolados 19 fungos dessa espécie, sendo 14 cultivados em meio líquido Sabouraud (SB) e obtidos os extratos metanólicos dos micélios. Os extratos foram analisados por CCDC, resultando na inferência das classes de metabólitos secundários. No ensaio de toxicidade frente a Artemia salina, o extrato VJ 15 ocasionou mortalidade de 66% (1000 μg/mL) e 33% (500 μg/mL), sendo considerado tóxico e moderadamente tóxico, respectivamente. No ensaio antibacteriano, o extrato VJ 15 apresentou boa atividade inibindo em 69% (1000 μg/mL) a cepa de Staphylococcus aureus. Os extratos VJ 10 e VJ 12 apresentaram atividade moderada inibindo em 51% e 58%, respectivamente. a cepa de Morganella morganii. Através dos resultados das análises por CCDC e ensaios biológicos, o extrato VJ 15 foi selecionado para identificação da espécie e cultivo em escala ampliada (5 L) nas mesmas condições de cultivo da menor escala. O micélio de VJ 15 foi submetido a identificação por ferramentas moleculares sendo identificado em nível de gênero, como Diaporthe sp. O extrato de VJ 15 foi submetido à partição obtendo-se duas fases (acetato de etila e hidrometanólica). A fase acetato de etila teve destaque na análise por CCDC, revelando para todos os reveladores utilizados. No ensaio de toxicidade ambas as fases de Diaporthe sp. não apresentaram atividade tóxica, todavia podendo serem utilizadas em outros testes biológicos. Na atividade antibacteriana, estas também não apresentaram atividade de inibição frente à S. aureus. Tais resultados sugerem efeito antagônico quanto a sinergia dos metabólitos secundários nos extratos quando submetidos à partição. A fase acetato de etila foi selecionada para fracionamento em coluna cromatográfica utilizando-se as fases estacionárias alumina neutra e sílica gel 60. A partir do fracionamento da fração F27-28 (F14-16) em sílica gel 60, utilizando o método de Ressonância Magnética Nuclear, foi possível isolar em mistura dois alcaloides: prolina betaína (1) e glicina betaína (2). Sendo assim, este trabalho demonstra a importância do estudo dos fungos endofíticos de V. japurensis, os quais podem ser produtores de substâncias com esqueletos diversos da planta mãe a partir da qual foram obtidos.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia}, note = {Instituto de Ciências Biológicas} }