@PHDTHESIS{ 2025:461077530, title = {Perfil de sustentabilidade da piscicultura do tambaqui (Colossoma macropomum) sob diferentes sistemas de manejo e intensificação}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11086", abstract = "A aquicultura mundial vem passando por um período de adaptação frente às grandes mudanças relacionadas a questões ambientais e socioeconômicas. Neste sentido, este estudo buscou avaliar a sustentabilidade da piscicultura do tambaqui (Colossoma macropomum) através do desempenho de diferentes estratégias de intensificação e métodos de manejo aplicados no cultivo. O primeiro capítulo abordou o conceito de sustentabilidade, a evolução da sua definição e aplicabilidade aos modelos de produção atuais, considerando a capacidade de melhoria da eficiência produtiva pela redução do consumo de recursos naturais. Métodos de avaliação da sustentabilidade foram observados, enfatizando a objetividade prática da utilização do conjunto de indicadores para mensurar a sustentabilidade da produção de espécies aquícuolas, entre elas o tambaqui. O segundo capítulo buscou avaliar o desempenho zootécnico do tambaqui de engorda cultivado em fazendas operacionais, considerando três modelos de intensificação. Foram utilizados nove empreendimentos, igualmente distribuídos entre as referidas estratégias: Baixa Eficiência Produtiva (BEP) – 6 a 8 ton ano-1 sem aeração; Média Eficiência Produtiva (MEP) – 9 a 14 ton ano-1 com aeração emergencial e Alta Eficiência Produtiva (AEP) – 15 a 22 ton ano-1 com aeração suplementar. Informações de manejo e índices de desempenho foram obtidos durante o ciclo de produção e comparados. Os resultados demostraram diferença (p<0,05) entre os sistemas, com melhores resultados gerais para AEP no peso final (2.726,53 ±136,99 g), ganho de peso (2.719,98 ±133,84 g) e Conversão Alimentar Aparente (1,82 ±0,02) devido ao maior cuidado no manejo. Recomenda-se a adoção de estratégias de intensificação para otimização no uso de recursos e aumento da escala de produção do tambaqui. O terceiro capítulo avaliou o desempenho econômico das fazendas sob as mesmas estratégias produtivas, através de indicadores de rentabilidade e viabilidade, com base nas informações zootécnicas, de investimentos e gestão coletados. As características de cultivo impactaram os resultados, com maior volume de comercialização de AEP gerado pela alta produtividade. O valor presente líquido indicou retorno negativo em todas as psiciculturas de BEP e em duas de MEP. A taxa de retorno apresentou valor acima da taxa de atratividade (12,81%) em uma piscicultura de MEP (19,36%) e duas de AEP (14,66% e 22,54%), das quais ocorreu a melhor recuperação do capital (3,86 anos). A intensificação da produção do tambaqui em tanques escavados tem grande influência sobre o desempenho econômico da atividade, sendo determinante para a redução dos riscos neste agronegócio. O quarto capítulo buscou avaliar a sustentabilidade do cultivo do tambaqui através de um conjunto de indicadores para as dimensões ambiental, econômica e social. Amostras de água, sedimentos, peixes e entrevistas com piscicultores e funcionários foram realizadas para obtenção de um Índice Geral de Sustentabilidade (IGS) para comparação entre os modelos. A dimensão ambiental demostrou aumento da eficiência no uso de recursos e contrabalanceamento no lançamento poluentes com a intensificação. No entanto, a vulnerabilidade ecológica de AEP (88,89 ±19,25 %) e adequação ambiental de BEP (38,89 ±9,62%) expõem deficiência no cumprimento de requisitos legais. Na dimensão econômica é ressaltada viabilidade somente de AEP pela taxa de retorno (16,56 ±5,30%) e recuperação do capital (4,83 ±0,87 anos), com a baixa inovação de BEP (21,21 ±5,25%) e mal gerenciamento de MEP (22,22 ±19,25%), podendo justificar o desempenho ruim destes empreendimentos. Para a dimensão social, todas fazendas demandam pouco uso de mão-de-obra e retenção de empregos, com maior renda (R$ 19.454,22 ±143,79 h. ciclo-1), equidade salarial (55,28 ±0,00%) e trabalhadores com educação (13,33 ±11,55%) para BEP. Na comparação entre as dimensões, AEP foi a mais equilibrado, com melhor IGS classificando essa estratégia como a mais sustentável. A intensificação é um fator determinante para o aumento da sustentabilidade da piscicultura do tambaqui, que além de gerar melhor uso de insumos e aumento do retorno financeiro aos piscicultores, produz benefícios aos demais atores envolvidos na atividade.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Recursos Pesqueiros}, note = {Faculdade de Ciências Agrárias} }