@PHDTHESIS{ 2025:1766300039, title = {Refatoração Antropológica: proposições para repensar diversidade de gênero e raça em sistemas de Inteligência Artificial}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11188", abstract = "Esta pesquisa é uma tentativa de pensar a máquina de análise facial DeepFace como um código-interlocutor, um esforço para expor a topologia invisível das infraestruturas algorítmicas, aquilo que permanece recalcado sob a superfície da interface, onde os processos de decisão estão no dado e o dado-a-ver, entre corpos e sua codificação. Partindo da problematização da invisibilidade das camadas de decisão, a pesquisa analisou como atributos fenotípicos e identitários são capturados, classificados e transformados em variáveis numéricas manipuláveis pela análise facial. O objetivo foi investigar os processos pelos quais subjetividades humanas são transpostas em parâmetros técnico-computacionais nos sistemas de análise facial baseados em inteligência artificial, como o DeepFace. A pesquisa se constitui em uma etnografia da ciência e da tecnologia em laboratórios de inteligência artificial, grupos de estudo em IA, análise de código, observação participante em oficinas de linguagem de programação e hackathons, com base na abordagem etnográfica de Hess (2001) e Forsythe (1993, 2001). Como contribuição conceitual, propus a Refatoração Antropológica (RANT), entendida menos como remediação técnica e mais como gesto de desautomatização dos processos classificatórios, que se materializaram na elaboração do algoritmo DAI (Diversity in Artificial Intelligence). Este, concebido como contraponto aos vieses do DeepFace, visava instaurar a equidade em termos de gênero e raça na tecnologia, mas acabou por especializar-se em colorismo (Devulsky, 2021), demonstrando que, mesmo quando se tenta equilibrar matematicamente os vieses, a balança pesa para outro lado, ou seja, não há equidade na balança interna dos algoritmos. Mais do que buscar respostas definitivas, o que se oferece aqui é uma provocação, um convite a pensar o que significa ensinar uma máquina a ver, a reconhecer, a classificar, interrogando sobre os mundos que estamos codificando, as corpas que estamos traduzindo em vetores numéricos e os futuros que, linha por linha, estamos, consciente ou inconscientemente programando.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Antropologia Social}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }