@MASTERSTHESIS{ 2025:499552576, title = {Avaliação do impacto do garimpo na Bacia do Rio Tapajós/PA}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11169", abstract = "O rio Tapajós é o quarto maior afluente do rio Amazonas em termos de descarga líquida, com vazão média anual de aproximadamente 13.500 m³/s. Suas águas apresentam coloração verde-clara, característica associada à baixa carga de sedimentos suspensos. No entanto, esse sistema fluvial tem sido impactado, há décadas, por atividades antrópicas, como o garimpo de ouro, que afeta significativamente a morfologia dos canais e os processos hidrossedimentares, comprometendo a qualidade da água e a dinâmica fluvial. Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar os impactos do garimpo de ouro na geomorfologia fluvial do médio e baixo curso do rio Tapajós e de seus principais afluentes. Os objetivos específicos incluíram: (1) avaliar o balanço de fluxo de sedimentos suspensos; (2) identificar alterações na coloração da água e na concentração de sedimentos suspensos (CSS) por meio de imagens de satélite; e (3) examinar mudanças morfológicas em canais tributários afetados pela mineração. Foram utilizados dados fluviométricos da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Observatório HyBAM, informações do projeto MapBiomas, dados espectrais das águas do Rio Tapajós e estimativas de CSS obtidas por meio dos sensores MODIS e imagens PlanetScope. Estimou-se que, na região de Itaituba, o rio Tapajós apresenta um fluxo médio anual de sedimentos suspensos (Qs) de 4,02 milhões de toneladas e uma produção específica (Qsp) de 8,79 t.ano¹.km². Entre 1985 e 2022, a área ocupada por atividades de mineração aumentou quatro vezes, alcançando 0,55% da área de estudo. Verificou-se forte correlação entre a expansão do garimpo e o aumento da CSS no Rio Tapajós, especialmente nas proximidades de Fordlândia (coeficiente de correlação de Pearson = 0,84; R² = 0,71). Nos canais tributários analisados, observou-se um aumento superior a 300% na área de solo exposto entre 2019 e 2024, com alargamento médio das margens em 118 metros e acentuado processo de assoreamento. Conclui-se que o uso integrado de sensoriamento remoto e dados fluviométricos da ANA e do Observatório HyBAM é fundamental para o monitoramento da dinâmica hidrossedimentar na região. Reforça-se, portanto, a necessidade de investimentos contínuos e de uma governança eficaz voltada à gestão ambiental da bacia do Tapajós.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Geografia}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }