@MASTERSTHESIS{ 2025:1928097066, title = {Amazônidas em movimento: trajetórias e resistências de mulheres líderes de movimentos sociais no Amazonas}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11234", abstract = "Essa pesquisa investigou como mulheres líderes de movimentos sociais no Amazonas constroem sua representatividade a partir de suas trajetórias de luta. Partiu-se do reconhecimento da invisibilidade histórica dessas mulheres nos espaços acadêmicos e políticos, buscando compreender os processos psicossociais que permeiam suas formas de organização e resistência. O estudo justifica-se pela escassez de pesquisas que abordem as especificidades das lideranças femininas na Amazônia sob perspectivas interseccionais e decoloniais. A pesquisa estabeleceu uma conexão com a Psicologia Social Crítica e Feminista ao demonstrar como os processos psicossociais permeiam as trajetórias de resistência dessas mulheres. Partindo dessa perspectiva, o estudo revelou como a Psicologia pode compreender a transformação de experiências individuais de opressão, marcadas por gênero, raça e classe, em potentes mecanismos de ação coletiva. Os objetivos centrais foram compreender como essas mulheres articulam suas representatividades, identificando os desafios na produção de conhecimento sobre mulheres amazônidas, investigando suas trajetórias de vida e motivações para o ativismo, e analisando suas práticas de resistência a partir do feminismo. Metodologicamente, adotou-se uma abordagem qualitativa com História Oral Temática, realizando entrevistas em profundidade com cinco mulheres líderes de movimentos sociais no Amazonas, atuantes em diversas frentes como direitos LGBTQIA+, movimentos negros e ribeirinhos. A análise buscou identificar estratégias de resistência, desafios enfrentados e impactos da interseccionalidade em suas trajetórias. Os resultados revelaram que o engajamento dessas mulheres surge como um "chamado inevitável" decorrente de experiências de opressão, conforme expresso em narrativas como "fui empurrada para esse lugar" (Iara) e "a luta estava em mim o tempo todo" (Cira). Identificou-se como principais desafios a invisibilidade regional, barreiras institucionais, conflitos geracionais, sobrecarga emocional e falta de políticas públicas. Por outro lado, destacou-se a capacidade dessas lideranças em transformar dores individuais em ações coletivas, criando estratégias de luta e resistência. Conclui-se que a pesquisa contribuiu para fortalecer as lutas dessas mulheres, rompendo com estereótipos vitimizantes e demonstrando a potência de suas ações políticas. Os resultados apontam para a necessidade de uma psicologia social engajada com as realidades amazônicas, capaz de compreender os processos psicossociais específicos da região e apoiar estratégias de cuidado coletivo para as ativistas.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Psicologia}, note = {Faculdade de Psicologia} }