@MASTERSTHESIS{ 2006:2097351689, title = {Os sistemas agroflorestais na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus: uma alternativa para a agricultura familiar}, year = {2006}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2598", abstract = "Um dos principais objetivos de uma Unidade de Conservação é garantir o estoque dos recursos naturais assegurando às populações tradicionais, condições e meios necessários para reprodução do seu modo de vida. Nesse sentido, alternativas de uso sustentável devem ser previstas na gestão dessas áreas. Os sistemas agroflorestais, destacam-se dentre essas alternativas, propiciando o aproveitando simultâneo de áreas para cultivos agrícolas, amenizando a pressão sobre as florestas primárias, assim como pela diversificação de sua produção, manutenção da comunidade edáfica e melhoria da fertilidade do solo e por vários outros benefícios sociais, econômicos e ambientais. Nesse estudo, foram caracterizados os aspectos sócio-econômicos e de produção agrícola (roças e quintais), com a finalidade de subsidiar alternativas de uso da terra e para contribuir na elaboração do plano de manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus (RDS Piagaçu-Purus). Foram pesquisadas três comunidades tradicionais (Divino Espírito Santo, Nossa Senhora do Livramento e São João do Uauaçu), localizadas na RDS Piagaçu-Purus, e por meio de formulários, entrevistas semi-estruturadas, croquis e mapas mentais, utilizando o método estudo de caso. Observou-se que os aspectos sociais, como a saúde e educação são setores carentes de assistência e que a religião pouco influencia nas tomadas de decisões realizadas nas comunidades. As atividades de lazer estão imbricadas ao estilo de vida dos agricultores familiares. As famílias das comunidades tradicionais dedicam-se a agricultura de subsistência, e desenvolvem paralelamente outras atividades como coleta de castanha, pesca, caça e retirada de madeira, incrementando sua renda com a aposentadoria, prestação de serviços (diaristas, professores comunitários, etc.) e com pequenas tabernas. A comercialização dos produtos agrícola concentra-se nas figuras dos regatões, patrões e barcos recreios. A base da alimentação (70,7%) é o peixe e a farinha e outros produtos oriundos das roças, quintais e da floresta. As roças são feitas em áreas de capoeira (63,8%) e floresta primária (36,2%), utilizam em média (n=1,6) roças por ano, com um tamanho médio de 0,89 hectares por roça. As principais espécies cultivadas nas roças são Manihot esculenta (25%) e Musa sp. (12,5%). O quintal, denominado assim pelos agricultores familiares, exerce um papel importante no sistema de produção agrícola, onde é cultivada uma grande diversidade de espécies vegetais, inclusive plantas medicinais, criação de animais de pequeno e médio porte, além de ser o espaço utilizado para atividades de descontração e lazer. As principais espécies frutíferas encontradas nos quintais foram a Psidium guajava (22 %) e a Inga edulis (10%), dentre as palmeiras destacaram-se Euterpe precatoria (41,5%) e Oenocarpus mapora (15,3%) e as hortaliças são geralmente cultivadas em canteiros suspensos. Verificou-se nas três comunidades tradicionais, que seu tamanho varia entre 0,01 a 0,56 hectares por quintal. Esses conhecimentos, desenvolvidos pelos agricultores familiares, serão utilizados como base para subsidiar outras alternativas de uso da terra, assim como, os sistemas agroflorestais, e contribuirá para a elaboração do plano de manejo desta Unidade de Conservação e para a formulação e implementação de políticas públicas adaptadas ao seu modo de vida.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia}, note = {Faculdade de Ciências Agrárias} }