@MASTERSTHESIS{ 2006:79807510, title = {Mineralogia e geoqu?mica de perfis later?ticos no nordeste do Estado do Amazonas}, year = {2006}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3285", abstract = "O munic?pio de Presidente Figueiredo localiza-se no NE do Estado do Amazonas. Geologicamente, tem papel importante devido expor perfis de diferentes unidades com acesso favorecido pela rodovia BR-174 que liga Manaus (AM) a Boa Vista (RR). Tamb?m desempenha papel fundamental para a economia do estado, uma vez que encerra a mina do Pitinga, situada a cerca de 300 km de Manaus, uma das principais jazidas de estanho, metais raros (Zr, Nb, Th, Ta, Y e ETR) e criolita do Cr?ton Amaz?nico. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da lateritiza??o nas rochas sedimentares da Forma??o Prosperan?a na regi?o de Presidente Figueiredo e nas rochas vulc?nicas do Grupo Iricoum? e gran?ticas da Su?te Intrusiva Mapuera na ?rea da Mina do Pitinga. Assim, al?m de contribuir para a reconstru??o paleoclim?tica da regi?o, permitiu avaliar a potencialidade econ?mica das bauxitas do Pitinga e verificar o potencial da utiliza??o da t?cnica de paleomagnetismo em crostas later?ticas como uma ferramenta de data??o relativa dos processos superg?nicos atuantes na Amaz?nia. Foram selecionados tr?s perfis (P1, P2 e P3) e estudados seus par?metros estruturais, texturais e de cor. A identifica??o mineral?gica associada ? quantifica??o dos ?xidos maiores permitiu o c?lculo semiquantitativo dos principais minerais residuais/superg?nicos e avaliar as potencialidades da bauxita. Para auxiliar na descri??o textural, estrutural e mineral?gica foram confeccionadas l?minas petrogr?ficas dos diferentes f?cies das crostas. Foram tamb?m analisados os elementos-tra?o e terras raras para investigar poss?veis mineraliza??es e processos de fracionamento. Para avaliar o potencial uso em crostas later?ticas e estimar a idade relativa da lateritiza??o na regi?o foi utilizada a t?cnica do paleomagnetismo. O perfil 1 (P1) ? constitu?do da base para o topo pelo sapr?lito, mosqueado, crosta maci?a a protonodular (f?cies Fe-Al), desmantelado e solo, o perfil 2 (P2) pelo saprol?tico, crosta protonodular a pisol?tica (f?cies: Al, Al-Fe, Fe-Al e Al), desmantelado e solo, enquanto o perfil 3 (P3), com estrutura semelhante ao 2, pelo saprol?tico, crosta vermiforme e nodular (f?cies: Al, Fe-Al, Al-Fe e Al), desmantelado e solo. Se por um lado no perfil 1 o f?cies aluminoso da crosta n?o foi visualizado, devido, localmente, este ter sido erodido no P1A e n?o exposto no P1B, por outro, nos 2 e 3 ele ? bem desenvolvido (~4 m de espessura). Em rela??o a mineralogia, a gibbsita, caulinita, hematita, goethita, quartzo e anat?sio s?o os minerais mais abundantes nos tr?s perfis, contudo a presen?a de muscovita e illita diferencia o P1 dos demais. Os teores de gibbsita s?o significativamente mais altos nos perfis 2 e 3, enquanto a hematita e a goethita dominam na crosta do P1, apesar de teores elevados tamb?m ocorrerem nos f?cies Fe-Al do 2 e 3. Em todos eles o quartzo ? muito baixo, com exce??o do f?cies arenoso do P1. O anat?sio tamb?m ? baixo e n?o difere de um perfil para outro. A an?lise qu?mica dos ?xidos maiores mostrou que Al2O3, SiO2, Fe2O3, P.F., TiO2 e, subordinadamente, P2O5 s?o os mais abundantes, sendo que no P1 o SiO2 > Al2O3 > P.F. > Fe2O3, enquanto no P2 o Al2O3 > P.F > Fe2O3 > SiO2 e no P3 Al2O3 > P.F > SiO2 > Fe2O3. Tudo indica que essas diferen?as foram fortemente influenciadas pela natureza do prot?lito, uma vez que o processo atuante nos tr?s perfis foi o mesmo. Com rela??o a an?lise dos elementos-tra?o, os resultados mostraram que Cd, Bi, Ag, Tl, Se, Cs e Be ocorrem em teores abaixo do limite de detec??o, o Zr, Ba, V, Sr, Y, Hf, Mn, Pb, Sc, Zn, U, Sb, Cu e Co s?o mais abundantes no P2, Nb, Th, Ga, Sn, W, Ta, As, Mo, Au e Hg no P3, enquanto Rb e Ni predominam no P1. Os teores mais altos nos perfis 2 e 3 resultam das caracter?sticas mineral?gicas e qu?micas do prot?lito, uma vez que foram formados a partir de rochas ?gneas, geralmente, portadoras de minerais que cont?m esses elementos. A an?lise dos ETR (La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Tb, Dy, Ho, Er,Tm, Eb e Lu) mostrou que as maiores concentra??es est?o no P2, os menores no P3, enquanto no P1 s?o intermedi?rios. Ap?s normaliza??o dos viii teores foram obtidas curvas subparalelas, c?ncavas para cima, com anomalia negativa em Eu mais acentuada no P3, o que indica maior fracionamento desse elemento em rela??o ao P2, enquanto para o P1 a aus?ncia de dados da rocha-m?e impede compar?-lo, sob esse aspecto, aos demais. O padr?o de distribui??o desses elementos mostrou tamb?m que a lateritiza??o promoveu maior enriquecimento dos ETRL em rela??o aos ETRP no P1 do que no P2, enquanto no perfil 3 houve enriquecimento dos ETRP em rela??o aos ETRL. Os resultados qu?micos dos perfis P2 e P3 indicaram qualidade industrial para bauxita refrat?ria, especialmente a do P2. As an?lises paleomagn?ticas mostraram que a intensidade da magnetiza??o remanescente natural (MRN) e a susceptibilidade magn?tica nas amostras da crosta desenvolvida sobre as rochas sedimentares da Forma??o Prosperan?a (P1) s?o maiores do que sobre as ?gneas do Supergrupo Uatum? (perfis 2 e 3). Esse comportamento ? devido ao maior conte?do em minerais ferromagn?ticos como a hematita e ?xidos de Fe-Ti na crosta desse perfil. Quanto ? declina??o e inclina??o, apesar dos resultados ainda serem bastante preliminares, devido os erros de dispers?o das dire??es ser alto, as dire??es m?dias (P1: 347? N/-32?, P2: 332? N/-48? e P3: 306? N/-35?) apontam para N-NW, tem inclina??o semelhante a do p?lo atual e mostram boa correla??o com os p?los de 50 e 70Ma, o que posiciona as crostas dos perfis no Pale?geno. Os tr?s perfis estudados s?o classificados como maturos, pois apesar do f?cies aluminoso n?o ter sido visualizado no P1 a caracteriza??o textural, estrutural, mineral?gica e geoqu?mica sugere sua exist?ncia, e portanto, juntamente com os P2 e P3, s?o perfis completos. ? poss?vel que tenham se desenvolvido no intervalo Cret?ceo Superior/Eoceno. Essa idade ? coerente com as condi??es clim?ticas favor?veis ? forma??o das bauxitas, uma vez que na Amaz?nia Brasileira e nas Guianas o clima ?mido era dominante, al?m de ser uma idade sugerida para dep?sitos correlatos da regi?o de Paragominas (PA), Juruti (PA), Guiana Francesa e Suriname.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-gradua??o em Geoci?ncias}, note = {Instituto de Ci?ncias Exatas} }