@MASTERSTHESIS{ 2012:224652112, title = {Nek? Mahs? (gente-estrela): Um Estudo de Viv?ncias do Calend?rio Des?na no Tup?}, year = {2012}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3924", abstract = "O presente trabalho centra-se na discuss?o do Calend?rio Astron?mico Des?na e em sua (re) significa??o no ?mbito do turismo e da etnoconserva??o na comunidade Des?na do Tup?, l?cus da pesquisa. O objetivo inicial da investiga??o foi fazer uma an?lise dos aspectos da mitologia contidos nas viv?ncias Des?na, no Tup?. Partimos das narrativas do livro, publicado pelo ISA, Bueri K?diri Marirye ?Os ensinamentos que n?o se esquecem? (DIAKURU&K?SIBI, 2006) para a an?lise dos elementos cosmog?nicos presentes no calend?rio demonstrativo Des?na do Tup?. A pluralidade emp?rica do tema fez com que estendessemos a an?lise ? identifica??o n?o s? dos elementos do calend?rio m?tico, contidos no pacote tur?stico oferecido ao p?blico, na RDS do Tup?, mas ? fun??o social do xamanismo Des?na, onde ele sobrevive aos modos do turismo globalizado. A observ?ncia da din?mica ambiental alterada pelo fator mudan?a, tanto a ocasionada pela mobilidade territorial do alto para o baixo rio Negro, como a ocasionada pelas mudan?as clim?ticas, as quais s?o observadas na regi?o, foi algo a que, de um modo transversal, nos dedicamos no entendimento dos significados do uso deste calend?rio entre este grupo. Do ponto de vista do processo de ruptura e expropria??o da sua cultura, na lida com atividades ex?genas ? sua tradi??o, a an?lise do retorno ? casa-de-reza - focada nos aspectos xam?nicos das viv?ncias tradicionais ? resulta, em nossa hip?tese, na afirma??o de um campo de reterritorialidade reconhecido pelos Des?na. A aproxima??o com os elementos que guardam a mem?ria da tradi??o - mitos e hierofanias presentes nos modos-de-fazer que transitam do conhecimento anterior ?s gera??es, aos modos modernos-contempor?neos do saber-fazer Des?na, no Tup? - nos levaram ?s estruturas que s?o o caminho percorrido at? o entendimento da mem?ria como sistema de adapta??o para o grupo. Sistemas a partir dos quais se apropriam da tradi??o, de um modo diferenciado, para seu desenvolvimento local e estabelecimento como etnia culturalmente diferenciada do rio Negro, em contexto semiurbano, no entorno da cidade de Manaus. Neste caminho, da mem?ria, encontramos o calend?rio, na ?borda?[1] da pr?pria cultura. Jerusa Pires Ferreira (2010) define o termo como ?desenho de contornos? por onde, a meu ver, os Des?na, no Tup?, passam e perpassam, ?num fluir de dentro e fora da cultura?. Este entrecruzar de contornos e saberes foi nosso objeto de an?lise. O grupo, liderado pelo K?sibi- K?m? Des?na, Raimundo Fontes Vaz, ? descendente do grupo de av?s citados por Diakuru & K?sibi (2006), o sib Wahari Dihputiro Por?[2], do igarap? Urucu, afluente do rio Tiqui?. Nossa abordagem foi qualitativa e recorreu a entrevistas estruturadas e semiestruturadas, no prop?sito de conhecer os diversos aspectos da cultura Des?na que transitam em suas vias de sobreviv?ncia atuais. Nossa hip?tese ? de que os Des?na, no Tup?, mant?m uma rela??o de sacralidade com a mem?ria m?tica-ritual tradicional do seu calend?rio astron?mico e que s?o capazes de descrever as rela??es simb?licas e cosmol?gicas associadas a ele, o que nos permite analisar a polaridade moderno-tradicional, nesta viv?ncia.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Sociologia}, note = {Instituto de Ci?ncias Humanas e Letras} }