@PHDTHESIS{ 2016:28521727, title = {Conviv?ncia cont?nua com esgotos a c?u aberto: modos de subjetiva??o de habitantes de Parintins-Amazonas}, year = {2016}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5240", abstract = "Em Parintins-AM, em fun??o de sua precariedade no esgotamento sanit?rio, h? um grande volume de ?guas servidas nas vias e que, posteriormente, s?o lan?adas sem tratamento no entorno h?drico da cidade, situa??o que impacta negativamente na qualidade de vida de seus residentes. A aparente toler?ncia na conviv?ncia com o esgoto a c?u aberto foi o ponto de partida deste estudo para analisar as subjetiva??es de moradores residentes em tr?s bairros em cuja ruas havia ocorr?ncia de esgoto a c?u aberto. O estudo desenvolvido a partir da estrat?gia de multim?todos que incluiu um estudo documental da hist?ria da forma??o de h?bitos urbanos, a descri??o f?sica do lugar e entrevistas semiestruturadas como outras t?cnicas associadas, revelou um cen?rio socioambiental complexo. No processo hist?rico, a medicina social como estrat?gia biopol?tica foi importante para compreender a higieniza??o da sociedade em nome da modernidade e a consequente influ?ncia na constitui??o dos modos de subjetiva??es dos sujeitos. A revolu??o olfativa do s?culo XVIII contribui para entender os odores, que foram redefinidos com o tempo, e com eles seus limites de toler?ncia. Redefinidos no espa?o e no tempo tamb?m foram os conceitos de sujo/limpo que permitiram problematizar como esses moradores lidam com o lan?amento de ?guas servidas nas vias e o desejado distanciamento dado ao que se considera sujo, constituindo elementos de socialidade espacial. Os dados revelam que para muitos dos entrevistados lan?ar esgoto a c?u aberto nas ruas ? um costume local dif?cil de ser mudado, que ora pode ser percebido como problema e ora como algo parte de uma paisagem constitu?da pelos costumes locais, mas sobretudo, passivamente vivido pelo ?outro?, cuja toler?ncia ? justificada pela continuidade do estado lastim?vel dos esgotos a c?u aberto. Anos de conviv?ncia com o esgoto a c?u aberto produziu um fen?meno de aparente passividade e toler?ncia diante do problema do esgotamento sanit?rio dom?stico. Essa aparente permissividade tende a potencializar o problema de insustentabilidade ambiental, em decorr?ncia do cont?nuo lan?amento de ?guas servidas sem qualquer tratamento, seja nas ruas ou nos rios que margeiam a cidade. Assume-se neste estudo, que apesar de estrat?gias que intentavam higienizar costumes entre os moradores de Parintins, desde o in?cio do s?culo XX, algumas posturas estimadas pelos preceitos da modernidade como anti-higi?nicas persistem na atualidade, sobretudo o costume de lan?ar ?guas servidas nas vias. Tal comportamento nos permitiu considerar que se trata de um ato de soberania, auto-subjetiva??o destes moradores ante as investidas civilizat?rias, resultando em uma modernidade incompleta.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de P?s-gradua??o em Ci?ncias do Ambiente e Sustentabilidade na Amaz?nia}, note = {Faculdade de Ci?ncias Agr?rias} }