@MASTERSTHESIS{ 2019:1862338069, title = {Avaliação da resposta humoral de Tambaqui, Colossoma macropomum infectado pelo acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7442", abstract = "Este estudo avaliou a resposta imune humoral local e sistêmica do Colossoma macropomum à infecção pelo acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae, um parasito recorrente no cultivo de tambaqui que tem ocasionado prejuízos às pisciculturas, especialmente na região Norte do Brasil. Primeiramente, realizou-se uma revisão de literatura para constatação das principais respostas nos peixes teleósteos à infecção por parasitos helmintos. Como resultado, observou-se que o aumento do número e tamanho de células produtoras de muco é a resposta mais comum em quase todas as espécies investigadas. As células rodlets e mastócitos, juntamente com neutrófilos e macrófagos estão frequentemente associadas com a presença de helmintos nas mucosas, principalmente intestinal. A participação do sistema imune adaptativo na defesa e eliminação de helmintos ainda é um campo pouco explorado devido às dificuldades metodológicas e ao maior enfoque dado ao sistema imune inato dos peixes. Apesar disso, as novas descobertas caracterizando diferenças nas respostas imunes locais e sistêmicas tem estimulado novas pesquisas direcionadas ao sistema imune adaptativo dos peixes em infecções por helmintos. Propôs-se, então, a adaptação de um método já estabelecido para purificação e isolamento de imunoglobulinas em mamíferos, a fim de facilitar o estudo dessas moléculas, principalmente em espécies nativas. A purificação de imunoglobulinas da mucosa intestinal pelo método do ácido caprílico foi realizada em 10 tambaquis infectados e 10 tambaquis não infectados. Isolou-se parcialmente algumas classes de imunoglobulinas, porém a metodologia ainda precisa ser ajustada para atingir maior grau de pureza, verificada pela eletroforese SDS-PAGE. Ainda assim, esta técnica mostra-se mais simples e apresenta menor custo comparada às outras técnicas de purificação comumente utilizadas. No western blot foi possível detectar imunoglobulinas presentes no muco com anticorpos anti-Ig totais séricos, indicando a presença de classe (s) similar (es) nos dois fluidos corpóreos do tambaqui. A infecção pelo acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae resultou na maior expressão de imunoglobulinas no muco intestinal, apresentado maior títulos de imunoglobulinas nos animais infectados. Em um segundo experimento, 10 tambaquis infectados e 10 tambaquis não infectados em duas classes de peso diferentes foram separados, coletando-se soro e muco intestinal para a avaliação de componentes da resposta imune inata e adaptativa. A imunohistoquímica do intestino de tambaqui infectados e não infectados foi realizada a fim de confirmar a presença das imunoglobulinas na mucosa intestinal e a interação dessas moléculas com o acantocéfalo. Foi observado o aumento dos títulos de imunoglobulinas totais e fosfatase alcalina no soro, assim como dos níveis de proteínas totais no soro e no muco, e a diminuição dos títulos de imunoglobulinas e fosfatase alcalina no muco intestinal dos animais infectados. A presença de imunoglobulinas em células presentes na lâmina própria de animais não infectados, no muco intestinal e em contato direto com a superfície do parasito nos animais infectados foi revelada pela imunohistoquímica. Assim, nas infecções por acantocéfalos, observa-se respostas locais e sistêmicas do sistema imune do tambaqui, evidenciando a importância do muco para avaliação de alterações locais e do soro para avaliar o estado de saúde do peixe.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos}, note = {Faculdade de Ciências Agrárias} }