@MASTERSTHESIS{ 2020:1616056514, title = {Biogeografia de ilhas na Amazônia: investigando a biodiversidade de um arquipélago fluvial amazônico usando aranhas como organismos modelo}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7917", abstract = "Ilhas ao redor do mundo são consideradas laboratórios naturais, ocorrendo em inúmeros contextos ecológicos como ilhas oceânicas, fluviais ou mesmo ambientes análogos como lagos de hidrelétricas ou fragmentos florestais. Tais ilhas e ambientes análogos costumam ser abordados como unidades indivisíveis em estudos de biogeográficos, ou seja, os limites físicos da ilha representariam os limites teóricos das assembleias, mesmo em ilhas grandes. Além disso, a contribuição dos ambientes insulares para a biodiversidade regional ainda permanece pouco explorada, especialmente em regiões tropicais. Para animais como artrópodes é possível que os processos que regem os padrões de abundância, diversidade e composição ocorram em escala local, a qual haja interações entre os organismos. Portanto, compreender a influência que o tamanho da ilha exerce sobre as assembleias em uma área menor dentro desta ilha é essencial para interpretações mais acuradas dos processos ecológicos que ocorrem nas assembleias de artrópodes. Neste estudo investigamos os efeitos do tamanho das ilhas sobre a abundância, diversidade alfa, dominância e composição de aranhas arborícolas (capítulo 1), também investigamos os padrões de diversidade local, abundância e composição de aranhas arborícolas, com comparações entre ambientes insulares e contínuos (capítulo 2) em um dos maiores conjuntos de ilhas fluviais do mundo no Parque Nacional de Anavilhanas e arredores, localizado no baixo curso do Rio Negro. Selecionamos 30 ilhas do arquipélago e mais 23 sítios em áreas de floresta contínua (florestas de igapó e de terra firme). Coletamos as aranhas utilizando uma técnica de chacoalhar vigorosamente a vegetação em um tempo padronizado de 30 minutos em cada ponto amostral. As assembleias foram acessadas utilizando dados de abundância, riqueza e composição de espécies/morfoespécies, assim como os índices de diversidade de Simpson e Alfa de Fisher calculados com o software estatístico R. Relacionamos a diversidade alfa, abundância, dominância e composição com a área das ilhas com regressões lineares, curvas loess, modelos piecewise e análises de proporção por espécie. Foram coletadas 4905 aranhas distribuídas entre as ilhas fluviais (3278 indivíduos), florestas de igapó (942) e florestas de terra firme (685). Identificamos 290 espécies/morfoespécies entre os 1404 indivíduos adultos. Observamos influência da área na diversidade alfa para ilhas com área entre 0,01 a 0,1 km2, entretanto para ilhas maiores não houve relação. Indicando que para aranhas arborícolas a partir de certo tamanho, a ilha seria grande o suficiente para que a diversidade total da ilha tenha pouca influência sobre o número local de espécies. Observamos maior dominância nas ilhas pequenas, indicando que a área também teria efeitos sobre a equitabilidade das espécies, com um padrão semelhante ao observado nas análises de diversidade alfa, onde há maior dominância em ilhas com área menor e ausência de relação em ilhas maiores. Não houve influência da área das ilhas sobre as proporções de indivíduos por espécie nem sobre a composição de espécies. O número médio de espécies foi similar entre os ambientes variando de 14.4 a 16.8 espécies por sítio. Porém a diversidade alfa representada pelo índice alfa de Fisher foi maior nas florestas de terra firme comparada com os outros ambientes. As curvas de rarefação também sugerem que os ambientes marginais (florestas de igapó e de terra firme) apresentam maior número total de espécies que as ilhas fluviais. A composição de espécies foi distinta entre os ambientes insulares e não insulares com poucas espécies compartilhadas, as ilhas fluviais possuem 12 espécies em comum com as florestas de igapó e apenas cinco com as florestas de terra firme. As ordenação (NMDS) e análises de similaridade (ANOSIM) revelaram que a composição de espécies de aranhas é significativamente diferente. Somente 11 das 290 espécies identificadas foram registradas em todos os ambientes amostrados.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Zoologia}, note = {Instituto de Ciências Biológicas} }