@PHDTHESIS{ 2020:134424618, title = {Formação em diversidade sexual na (re)significação da docências: um estudo na rede municipal de ensino de Manaus AM}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8001", abstract = "Esta tese analisou a diversidade sexual como desafio para a formação docente, exigindo reflexões e perspectivas, principalmente no contexto amazônico, local de vida e pesquisa do pesquisador e orientadora. Procurou-se trabalhar a temática na linha de pesquisa 3, “Formação e Práxis do/a educador/a frente aos desafios amazônicos”, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas. Como possibilidade de resposta aos desafios levantados pela diversidade sexual, Manaus - AM oferece, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, cursos de formação continuada em gênero, sexualidade e diversidade sexual para docentes do ensino do primeiro ao nono anos. O objetivo geral foi analisar como a formação docente em diversidade sexual (res)significou a docência para professores/as em estabelecimentos de ensino municipais e, como objetivos específicos, investigar como o/a docente que recebeu a formação concebe a prática; entender as motivações de professoras/es da rede pública para trabalhar com gênero/ sexualidade em épocas de aumento do conservadorismo; averiguar as principais dificuldades para professores/as efetuarem o trabalho na temática. Trata-se de pesquisa qualitativa com quinze docentes que passaram pela formação, selecionados/as conforme amostra proposital, respondendo entrevista semiestruturada até saturação das respostas. A análise deu-se por meio de Análise de Conteúdo (BARDIN, 1979), com base nos Estudos Culturais, principalmente a corrente pós-estruturalista. Como resultados, cinco categorias analíticas emergiram: “Entre valores, histórias de vida e mediação: a formação como ressignificação docente”; “Sexualização precoce, função da escola, curiosidade infantil, bullying e “dedos que apontam”: “prefiro não me envolver”, “não me sinto capacitado/a”, “ajo camufladamente” – censura”; “Morais religiosas, éticas conservadoras: quando o pensamento cristaliza e a diversidade sexual se torna inimiga”; “Para além do conservadorismo religioso ou junto dele? “Não sei muito sobre”, mas também não procurei saber”; “Coerências e incoerências: como eu ajo diante da diversidade?”. Concluiu-se pela existência de uma “pedagogia da tolerância”, em que tolerar é visto com base em uma compreensão de “gentileza”/“sensibilidade”. Uma “tolerância” que não consegue captar desnivelamentos entre heterossexuais e LGBT, em que os/as primeiros/as ocupam um patamar de superioridade, por isso os/as segundos/as precisam ser “aceitos/as”, mantendo-se intocadas concepções de “normalidade”. Como o preconceito permanece existindo (camuflado, explícito ou não percebido), os/as docentes acreditam-se possuidores/as de um “saber amoroso” em relação a pessoas LGBT. Tal saber é o que “autoriza” que essas pessoas sigam circulando na escola, mas de modo discreto. Dessarte, a escola segue sem problematizar currículos e modos como a religião sobrepõe-se aos conceitos científicos e jurídicos, valendo-se da invisibilização, da negação e do “abafamento” (que vão das curiosidades infantis às violências – sexuais, psicológicas e simbólicas), sem questionamentos políticos, para manter pessoas LGBT como “diferentes”. Entende-se não bastar ao curso da SEMED evidenciar conceitos, propor metodologias de trabalho e dialogar com parte dos/das docentes, ele precisa problematizar-se, desequilibrando processos escolares normalizadores/normatizadores. Com foco nos novos conhecimentos obtidos, propõe-se que as lideranças profissionalmente responsáveis pela formulação de políticas públicas na área possam apresentar proposições para que as diretrizes de respeito e promoção de um ambiente saudável para a diversidade sexual efetivem-se.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação} }