@MASTERSTHESIS{ 2021:1555044589, title = {Potencial anticárie dos dentifrícios fluoretados distribuídos em Unidades Básicas de Saúde de Manaus-AM}, year = {2021}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8251", abstract = "A distribuição de dentifrício fluoretado pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Brasil faz parte da política pública nacional de saúde bucal. Para trazer benefício anticárie para a população, o dentifrício distribuído precisa ter fluoreto não só quimicamente solúvel (potencialmente biodisponível na forma de íons F- ou FPO32-), como em concentração adequada nas formulações. O objetivo do estudo foi determinar o potencial anticárie dos dentifrícios distribuídos em UBS à população de Manaus-AM e avaliar se esses dentifrícios atendem à legislação brasileira da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de no 79, sobre concentração de flúor. Foram coletadas 99 bisnagas de dentifrícios de quatro marcas comerciais entre as UBS (n=16), no período entre 7/10/2019 e 11/10/2019, os quais foram codificados por marca e UBS de origem. Os lotes dos dentifrícios adquiridos foram diferentes em uma mesma UBS. De acordo com a embalagem, dos 99 dentifrícios coletados, 33 tubos (12 lotes) eram da marca A, 48 (19 lotes) B, 10 (2 lotes) C e 8 (2 lotes) da marca D. Todos os dentifrícios foram formulados com monofluorfosfato de sódio (Na2FPO3) e a maioria (91%) tinha carbonato de cálcio (CaCO3) como abrasivo, com exceção do dentifrício D, que foi formulado com sílica (SiO2). Os dentifrícios analisados estiveram dentro do seu prazo de validade, com exceção de uma amostra. Foram determinadas as concentrações de fluoreto total (FT = FST + Fins) e de fluoreto solúvel total (FST = íons F- ou FPO32-), para certificar se atendiam à Resolução ANVISA no 79 (máximo de 1.500 ppm de FT) e tinham potencial anticárie (mínimo de 1.000 ppm de FST). As análises foram feitas no período entre 18/10/2019 e 7/11/2019, no laboratório de Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (FOP/UNICAMP), utilizando a técnica direta, pelo uso do eletrodo íon específico (EIE), conforme metodologia validada. Para a análise dos dados, a média e o desvio padrão da concentração de FT e FST para cada duplicata de dentifrícios foi analisado e o percentual de fluoreto insolúvel (% Fins=(FT–FST) /FT×100) foi calculado. As concentrações (ppm F: mg F/kg) de FT (média±dp;n) encontradas nos dentifrícios A (1502,3±45,6;n=33), B (1135,5±52,7;n=48) e D (936,8±20,5;n=8) foram próximas ao descrito na embalagem 1.500, 1.100 e 1.000 ppm F, respectivamente. No dentifrício C foi encontrada média de 274,1±219,7 ppm F (n=10) de FT, divergindo da concentração declarada de 1.500 ppm F, o que refletiu no dp 80% da média. Em acréscimo, as cinco bisnagas do lote no11681118 do dentifrício C não foram fluoretadas. Quanto ao FST, à exceção do dentifrício D (937,9±40,29), os demais apresentaram concentração inferior ao seu respectivo FT havendo 36, 57 e 70% de Fins nos dentifrícios C, A e B, respectivamente. No dentifrício B (lote 099), que já estava vencido quando coletado, 90% do fluoreto presente estava insolúvel (inativo contra cárie). Os dentifrícios foram classificados quanto ao potencial anticárie na ordem decrescente (Bom a Nulo): D>A>B=C (lote11684118)>C (lote11681118). Problemas graves de quantidade e qualidade do fluoreto nos dentifrícios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Manaus foram observados, mostrando a necessidade de vigilância destes produtos e ratificando a urgência da revisão da Resolução ANVISA no 79, para que a população utilize um dentifrício eficaz no controle de cárie.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Odontologia}, note = {Faculdade de Odontologia} }