@MASTERSTHESIS{ 2021:177477933, title = {Caracterização do perfil nutricional, aromático e durabilidade dos frutos de Ficus sp.}, year = {2021}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9021", abstract = "A floresta amazônica é conhecida pela sua abundância em biodiversidade de espécies produtoras de frutos tropicais que detêm alta demanda e valor agregado à sociedade. Muitos destes frutos têm sido relatados em pesquisas epidemiológicas como fontes naturais ricas em componentes antioxidantes, sendo boas fontes de propriedades nutricionais e terapêuticas. Uma espécie com seu potencial ainda não explorado é a Ficus sp. uma planta frutífera, distribuída pela região amazônica. Portanto, o objetivo desse trabalho foi caracterizar os constituintes fitoquímicos e nutricionais dos frutos da espécie Ficus sp. afim de determinar o seu perfil alimentício, suas características aromáticas atrativas para consumo, bem como suas modificações físico-químicas durante o período de estocagem para determinar a sua durabilidade. Para isso foram realizadas as análises de composição centesimal, minerais e características físico-químicos dos frutos frescos e durante estocagem. Foram determinados os teores de ácidos orgânicos (málico, tartárico, cítrico e ascórbico) por cromatografia líquida de alta eficiência, atividade antioxidante DPPH, compostos fenólicos totais, compostos orgânicos voláteis por micro extração em fase sólida no headspace por cromatografia gasosa – espectrometria de massas e avaliação da atividade antimicobacteriana. Os resultados obtidos revelaram que os figos de Ficus sp. são pouco calóricos (69,83 kcal/100g), com valor moderado de carboidratos (14,56 g/100g) e alto teor de umidade (82,15 g/100g). Suas características físico-químicos (pH 4,17 e ac. titulável 0,75 g EqAC/100g) e perfil de ácidos orgânicos (1106,89 mg/100g de ácido tartárico) o classificam como fruto ácido em potencial. Após 48 horas de estocagem a 25°C ocorrem modificações nas suas características, ocasionando a perda de seus parâmetros de qualidade ideais para consumo, como variação de cor, peso, umidade, sólidos solúveis, pH, acidez titulável, características referentes a senescência do fruto. Dentre os minerais avaliadores, o alto teor de potássio (279 mg/100g) e baixo teor de sódio (traços) são indicativos de que os figos podem auxiliar em funções metabólicas para a redução da hipertensão. Os valores de atividade antioxidante e fenólicos totais do extrato MeOH-H2O (165 mg EqTrolox/g e 44,5 mg EqAG/g), são semelhantes ou maiores do que os encontrados em outros frutos. Foram identificados cerca de 43 compostos nos figos frescos, a maioria pertencente a classe dos terpenos com notas aromáticas predominantemente floral, doce, frutal e amadeirado. Foi observada modificação no perfil de compostos voláteis ao decorrer do período de estocagem, contendo apenas 36 substâncias em 96 horas, além do desaparecimento e surgimento de compostos quando comparados os tratamentos controle e 96 horas. O resultado mostrou modificações das notas aromáticas que compõem o aroma final do fruto, pela redução de substâncias com aromas doce, floral e frutado, e aumento de componentes com características de cheiro amadeirado, oleoso e ceroso. Tais modificações aromáticas podem impactar negativamente nas características atrativas para consumo dos figos. O extrato em hexano dos frutos foi capaz de inibir o crescimento de M. tuberculosis na concentração de 12,5 µg/mL, porém, este é um dado preliminar e mais análises são necessárias. Apesar da caracterização fitoquímica e nutricional, mais estudos são necessários para compreender a total capacidade dos frutos de Ficus sp. em ofertar seus nutrientes e atuar como agente benéfico ao organismo.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia}, note = {Instituto de Ciências Biológicas} }