@PHDTHESIS{ 2022:543932423, title = {Avaliação de risco ambiental e exposição humana do uso de agrotóxicos na mesorregião sul do Amazonas}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9215", abstract = "O uso de agrotóxicos tem se tornado cada vez mais frequente na produção agrícola brasileira, fato que tem inserido o país nas primeiras posições dos maiores consumidores de produtos químicos no mundo. Esse aumento acompanha a expansão do agronegócio em áreas de fronteira agrícola, localizadas principalmente nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Rondônia e Amazonas. Além do desmatamento, dados do IBGE apontam aumento no consumo de agrotóxicos nesses Estados. No Amazonas, a taxa de consumo de agrotóxicos aumentou cerca de 677% entre os anos 2000 e 2018, junta-se a esses fatores o aumento no número de casos de intoxicação agrícola no estado. Diante disso, o objetivo principal da tese foi avaliar o uso de agrotóxicos no sul do Amazonas, caracterizando os riscos ambientais e à saúde humana causados por estes produtos na região. A população estudada foi a de aplicadores de agrotóxicos, residentes nos municípios de Apuí, Boca do Acre, Lábrea, Humaitá e Manicoré. Foram realizadas 89 entrevistas nos anos de 2020 e 2021. Foi realizado o teste de Spearman Rho e o teste Cochran para determinar a correlação entre o comportamento de proteção à saúde e ao ambiente com variáveis determinantes como idade, escolaridade, renda, leitura dos rótulos e assistência técnica. Para o cálculo da exposição ocupacional dos agricultores foram utilizados o algoritmo de Dosemeci et al., (2002) e o Indicador de OHRI determinado por Bergkvist (2004). A avaliação de risco ambiental foi realizada utilizando o modelo PRIMET (Pesticide Risk in the Tropics to Man, Environment and Trade) versão 3.0. Foram encontrados 22 tipos de ingredientes ativos, com uso preponderante do Glifosato, Difenoconazol, Tiametoxam e Clorpirifós. Apesar de 88% dos entrevistados relatarem que os agrotóxicos causam danos à saúde, a maioria deles usam EPI de forma incompleta ou não utilizam nenhuma forma de proteção, armazenam os agrotóxicos de forma inadequada, destinam as embalagens incorretamente e não recebem orientação técnica. Grande parte dos agricultores apresentaram comportamento de risco relacionados aos cuidados com a saúde. O comportamento dos agricultores em relação à proteção à saúde está relacionado com a renda e a leitura do rótulo. O comportamento relacionado a proteção do ambiente, com a renda, gênero e assistência técnica. Os produtores do sexo masculino possuem as maiores exposições cumulativas que as do sexo feminino e os agricultores mais velhos, com idade entre 51 a 60 anos estão mais expostos cumulativamente que os mais jovens. A maioria dos agrotóxicos utilizados nos municípios pesquisados, apresentam cenários de risco nos compartimentos ambientais avaliados e metade deles não estão aprovados para uso na União Europeia por serem considerados nocivos para o ambiente e os humanos. É essencial a implementação de políticas públicas que visam a conscientização e educação dos produtores, com programas que estimulem boas práticas agrícolas para a redução da exposição e políticas agrícolas mais sustentáveis no uso de agrotóxicos na região que contribua para redução do risco a saúde e do ambiente.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia}, note = {Centro de Ciências do Ambiente} }