@MASTERSTHESIS{ 2022:1913651248, title = {Armário de lembranças em cabeça de menina: a reinvenção da infância na lírica de Astrid Cabral}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9252", abstract = "A pesquisa tem como objetivo investigar o universo lírico da poeta amazonense AstridCabral, no que tange à reinvenção da infância. O corpus de análise materializa-se em poemas selecionados de dois livros da autora, tomados como universo de amostra: Visgo da terra (2005) e Infância em franjas (2014), tendo em vista que, nessas duas obras, o eu-lírico é a mulher em revisita à menina que foi um dia. Os problemas de pesquisa que nortearam o trabalho foram assim delineados: que estratégias linguísticas e literárias Astrid Cabral utiliza, em seus poemas, para reinventar os flagrantes da infância? Quais metáforas da poeta expressam essa reinvenção? A pesquisa em busca de respostas para os problemas postos imerge no discurso poético astridiano, de dicção feminina, nos quais ouve-se a voz ora da menina, ora da mulher, já que a mulher e a menina estão frequentemente se reencontrando, em intensos diálogos. As lembranças da infância estão eternizadas em poemas plenos de inquietude, de ecos do passado, de descontentamento e de criticidade, o que faz com que o olhar sobre a infância tenha sempre um tom revisionista em relação ao passado e ao presente. O embasamento das investigações conta com os seguintes aportes teóricos: reflexões sobre a topoanálise e a poética do espaço, tal como as define Bachelard (2008); a intertextualidade e o discurso parodístico, com base em Samoyault (2008) e Sant‟Anna (2001); a metáfora como mecanismo linguístico e estético de recriação da realidade, tendo como pontos de partida as considerações de Marcuschi (2000), Lopes (1986) Sardinha (2007) e Lakoff e Johnson (2002). A pesquisa seguiu três eixos norteadores: Astrid Cabral (a poeta), a infância (o assunto) e o olhar multifacetado (o procedimento de pesquisa), e procura mostrar que a poeta quebra a lógica cartesiana que a sociedade costuma imprimir nos discursos sobre a infância, contrapondo uma amarga ironia à costumeira visão romântica a respeito do universo infantil. Com isso, Astrid Cabral poetiza os ônus e os bônus de ser criança, especialmente de ser menina, em um mundo de silenciamentos e repressão à figura feminina.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }