@MASTERSTHESIS{ 2022:423496105, title = {O enfrentamento da violência de gênero durante a pandemia do Covid-19 na cidade de Manaus-AM}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9318", abstract = "violência de gênero durante a pandemia do novo coronavírus e a luta pelo direito de viver é um reflexo do processo complexo e contraditório que são as relações sociais de gênero. Em que corresponde a uma violência estrutural, com base no patriarcado, cujo o sistema de opressão e dominação é baseado na hierarquia, na desigualdade e na discriminação. Durante a pandemia do COVID-19, destaca-se que os casos de feminicídio no Brasil aumentaram 5% em relação a igual período de 2019. A partir dessas questões, o objetivo deste projeto foi analisar as medidas adotadas pelo Estado do Amazonas no enfrentamento da violência de Gênero na cidade de Manaus, ao longo da pandemia do novo coronavírus. Este projeto esteve ancorado no materialismo histórico-dialético que pressupõe analisar a realidade e explicar a evolução da matéria, da natureza e do próprio homem, possibilitando analisar a violência como uma característica marcante desde a formação da sociedade brasileira até o período atual com a influência do neoconservadorismo e sua predominância no aparato estatal. Além disso, na utilização da abordagem quanti-qualitativa foi obtido uma amostra em dois (2) órgãos atuantes no enfrentamento da violência de gênero, sendo eles: o 2º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher. Como também, uma (1) organização dos movimentos sociais atuantes no enfrentamento à violência de gênero durante o período pandêmico, que é o Fórum Permanente de Mulheres de Manaus. Os resultados obtidos evidenciam que a violência de gênero está enraizada na sociedade brasileira, que possui vínculos intrínsecos fundados na lógica patriarcal, no sistema capitalista e sexista. A violência e suas dimensões sempre esteve presente e rodeando a realidade da mulher enquanto ser social e sujeito histórico, tendo particularidades que multifacetam a violência em diversos contextos sócio-históricos que se perpetuam na atualidade e que, infelizmente, ainda será uma perspectiva de luta contínua. A pandemia de covid-19 desvelou essas desigualdades que estavam invisíveis e metamorfoseadas na naturalização das desigualdades sociais vivenciadas pela classe trabalhadora. Também se fez possível identificar na sociedade rupturas sociais, econômicas e principalmente políticas que não eram mais possíveis camuflá-las. Por conseguinte, está caracterizada a enorme ruptura de reconhecimento regional. Esta materialização da violência contra mulher é uma das faces do governo com fortes traços neofacistas, que reforça seu poder repressivo por meio da necropolítica, naturalizando o ambiente familiar como um campo de conflitos de poder. Assim, os dados referentes à violência contra a mulher identificaram as fragilidades a partir de alterações e erros graves no apontamento das denúncias e no registro dos casos cujos dados são cruciais para constituir as políticas públicas e evidenciar as melhorias que devem ser realizadas. Demonstrando o despreparo e descompromisso com a população ao apresentarem dados irreais, sendo neste momento que se percebe a atuação direta dos movimentos sociais quando houve a desresponsabilização por parte do estado no fechar das portas.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Serviço Social}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }