@PHDTHESIS{ 2007:1830225214, title = {Polimorfismo do gene PDCD1 em pacientes da Amazônia com lúpus eritematoso sistêmico}, year = {2007}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9359", abstract = "O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença complexa com diversas anormalidades clínicas e fisiológicas, unificadas pela produção de um grande número de auto-anticorpos, particularmente direcionados contra antígenos nucleares. Complexos de antígeno-anticorpo depositam-se em superfícies endoteliais e suscitam inflamação em diversos órgãos-alvo tais como pele, rins, articulações, pleura, sistema nervoso e sangue. Múltiplos genes e fatores ambientais interagem para deflagrar mecanismos fisiopatológicos. Apoptose excessiva e déficit de opsonização e fagocitose de restos apoptóticos são fenômenos centrais na patogênese do LES. Por outro lado, identificam-se inúmeros defeitos na regulação do sistema imunológico, acarretando hiper-reatividade na resposta antigênica, seja por ganho funcional em mecanismos estimulatórios, seja por perda funcional em mecanismos inibitórios. Estudos de linkage identificaram no segmento cromossomial 2q37.3 forte ligação com LES. Nesse locus está o gene PDCD1 (programmed cell death -1) que codifica o receptor de membrana PD-1, expresso em linfócitos ativados e macrófagos, que produz sinal inibitório ao contacto com seus ligantes em células apresentadoras de antígeno e em células somáticas de tecidos periféricos. Camundongos knocked out para o gene PDCD1 apresentam síndrome lupus-símile e anticorpos antinucleares. Um haplótipo contendo o alelo A da mutação G/A na posição intrônica 7146 no gene PDCD1 (rs11568821) está associado ao fenótipo lúpico em populações de origem escandinava, mexicana e euro-americana; com nefrite lúpica em outra coorte sueca; com anticorpos anticardiolipina em lúpicos de Philadelphia; e em lúpicos pediátricos na cidade do México. Contrastantemente, na Espanha o alelo 7146-A ocorreu mais nos controles do que em pacientes com LES. Esse segmento intrônico é sítio de ligação do fator de transcrição Runx-1, o que reforça a possibilidade desse SNP atuar na patogenia da doença. Esses estudos de associação precisam ser replicados e confirmados em outras populações de diferentes ancestralidades. No presente estudo, testamos a associação com LES do alelo A na posição 7146 de PDCD1 em 207 pacientes com quatro ou mais critérios do American College of Rheumatology para LES e 202 controles pareados da mesma região geográfica. Um segmento de 180 pares de base foi amplificado por PCR e digerido pela enzima de restrição Pst-1. A freqüência do alelo A foi de 6.9 % em controles e de 8,2 % em pacientes lúpicos, diferença sem significância estatística. Subgrupos lúpicos, tais como envolvimento renal, trombose, lúpus pediátrico e outros caracteres não diferiram dos controles na freqüência do alelo A. Nossos achados, em conjunto com os estudos prévios citados, suportam a interpretação de que o gene PDCD1 deve estar associado ao LES, mas que a posição 7146 não deve ter vínculo causal, podendo apenas estar em desequilíbrio de ligação com outro hipotético SNP responsável pela repercussão funcional e partícipe da doença.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia}, note = {Instituto de Ciências Biológicas} }