@PHDTHESIS{ 2022:1834309765, title = {O efeito da adição do resíduo de madeiras folhosas processadas no desenvolvimento de placas de revestimento cerâmico}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9781", abstract = "A Floresta Amazônica é uma região de grande biodiversidade e que necessita de um manejo sustentável de forma a permitir a conservação de seu bioma. É preciso utilizar seus recursos de forma racional e estimular atividades de sustentabilidade para criação de produtos inovadores, a exemplo dos de pó de serragem de madeiras tropicais, a fim de diminuir a incidência de descartes de resíduos sólidos na natureza de forma inadequada e desordenada, os quais geralmente causam danos, até mesmo irreversíveis, ao meio ambiente. Contudo, constata-se que não existem trabalhos sobre a incorporação do uso do pó de serragem de madeira tropical (in natura) em massas cerâmicas como substituto parcial da argila, para fabricação de placas de revestimentos de paredes para uso interno, foco neste trabalho. Diante de tais argumentações, levanta-se a seguinte questão de pesquisa: Qual o impacto do uso do pó de serragem de madeiras tropicais, gerado no processo produtivo de uma indústria madeireiro, quando misturado à argila, na produção de novos produtos cerâmicos de revestimento de parede, levando-se em consideração os valores sociais, ambientais e econômicos? Neste trabalho, portanto, tem-se como objetivo verificar a viabilidade de incorporar o pó de serragem das madeiras Pithecelobium racemosum Ducke (Angelim rajado) e Andira parviflora Ducke (Sucupira vermelha) em uma massa cerâmica composta como agentes porogênicos para fabricação de revestimentos cerâmicos, além de buscar minimizar os impactos destes no meio ambiente quando descartados. Os resíduos foram coletados na Indústria Mil Madeireira Preciosa Ltda, e a argila foi coletada no pátio da Cerâmica Montemar Indústria e Serviço de Coleta de Resíduos Ltda, localizadas, respectivamente, nos municípios de Itacoatiara e Iranduba no estado do Amazonas, Brasil. Para caracterização, foram desenvolvidas análises químicas, físicas e mineralógicas para avaliar o comportamento das matérias-primas e das formulações de massa entre a argila e a serragem, e as seguintes propriedades tecnológicas após a queima foram avaliadas: Retração Linear (RL), Resistência à Flexão (RF) de três pontos, Absorção de Água (AA), Porosidade (P) e Densidade Aparente (DA), Difratometria de Raio- X e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) de acordo com as normas ABNT NBR 13818/1997 e ABNT NBR ISO 10545/2017. Em seguida, foram confeccionados 120 corpos de prova nas dimensões de 60x20x5 mm, sendo seis (6) amostras para cada grupo e com porcentagem específica. Após secagem, esses corpos de prova foram submetidos à sinterização, nas temperaturas de 750 °C e 850 °C, com taxa de aquecimento de 7 °C/min e tempo de queima de 180 min. A estimativa do RL, RF e AA foi obtida por meio de um modelo linear generalizado, de modo que os resultados foram validados por meio da Análise Estatística, utilizando métodos de análise descritiva, com cálculo das frequências e medidas de posição (médias e desvio padrão). Os resultados mostraram que a adição dos de pó de serragem, na argila, aumentou a densidade do solo seco, indicando um maior empacotamento. A retração linear de queima aumentou, com a inserção gradativa do teor de resíduo em todas as formulações em comparação com a argila pura, mas os resultados se mantiveram dentro dos parâmetros exigidos pela norma ABNT NBR 13818/1997 nas composições AR 2,5%, SV 2,5%, SV 5% e ARSV 10%, configurando um resultado satisfatório, pela importância do controle dimensional do produto. Embora tenha ocorrido diminuição da resistência mecânica nos corpos de prova, causada pelo tamanho da granulometria das partículas do pó de serragem, que foram superiores a 2μm, os resultados da absorção de água foram considerados significativos, após a inclusão do pó de serra de Andira parviflora Ducke (Sucupira vermelha), nas formulações SV 5% e SV 10%, quando sinterizadas na temperatura de 850 ºC. Conclui-se, com esses resultados, que o pó de serragem da Sucupira vermelha obteve melhor desempenho como agente porogênico em relação ao Angelim rajado, permitindo melhorias na argila vermelha de Iranduba/AM, deste modo, possui potencial para fabricação de produtos cerâmicos de base vermelha, tais como revestimentos porosos de classificação BIII.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - BIONORTE}, note = {Rede Bionorte} }