@MASTERSTHESIS{ 2023:1145390907, title = {Concepções do ser indígena na educação básica nas escolas públicas em Manaus: revelando o negacionismo para r-existência}, year = {2023}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9994", abstract = "Os estudantes da educação básica, em pleno século XXI ainda ignoram e desconhecem a diversidade dos povos indígenas que vivem no país, sobretudo nas cidades. Há uma concepção equivocada e preconceituosa, especialmente por parte dos estudantes sobre o que de fato é ser indígena no mundo contemporâneo. Mais de 500 anos se passaram, mas o pensamento e a maneira como essa questão ainda são trabalhados em sala de aula, principalmente na disciplina de geografia pouco mudou. Dessa forma, parte da sociedade ainda vê o indígena de uma forma negativista, com uma concepção estereotipada de que o "índio verdadeiro" é o que vive isolado na floresta com os mesmos costumes do século XVI. O objetivo desta pesquisa foi compreender a concepção dos estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental I sobre os povos indígenas nas Escolas Estaduais Benício Leão e Nossa Senhora da Divina Providência. Nesse sentido, foi importante analisar o papel dos livros didáticos de geografia utilizados nas escolas, a abordagem dos professores que ministram geografia para o 5º ano, as críticas dos professores indígenas sobre a abordagem da questão indígena retratada nos livros didáticos de geografia, mostrando como abordam a temática indígena na sala de aula e como gostariam que fossem representados nos livros didáticos. A linha metodológica percorrida foi a pesquisa participante, com realização de pesquisa de campo, escuta sensível, mapas conceituais, fundamentados nos princípios da geografia anticolonial como uma alternativa dentro do sistema educacional. Por meio da pesquisa participante, os professores indígenas dos centros culturais de Manaus puderam propor alternativas para o fortalecimento dos povos indígenas no decorrer das aulas de geografia do ensino fundamental I, a partir da criação de uma comissão para redação e análise dos livros didáticos das ciências humanas composta por professores indígenas, antes que o material chegue às escolas com abordagens preconceituosas, incompletas e distorcidas com uma concepção colonizadora. Além disso, foi proposta a criação de uma secretaria de educação indígena, visando à autonomia de suas escolas e de seus conhecimentos. Ficou comprovado que, em pleno século XXI, os povos indígenas continuam invisibilizados pela sociedade nacional e que a ausência de conhecimento e de discussão crítica sobre eles nas escolas, principalmente pelos professores de geografia contribui para esse contexto em que predomina o preconceito e a desvalorização de suas culturas, além do não reconhecimento como povos portadores de direitos e autonomia para viverem como são.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Geografia}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }