@MASTERSTHESIS{ 2024:1291609390, title = {Caracterização clínico-patológica do Carcinoma Escamocelular primário de boca: um estudo transversal com ênfase na categorização histológica dos elementos tumorais e estromais}, year = {2024}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10060", abstract = "O carcinoma escamocelular (CEC) é a neoplasia maligna mais frequente em boca e acomete preferencialmente pacientes adultos, do sexo masculino e está associada a fatores de risco como o tabagismo e etilismo. A sua classificação histopatológica em geral, é baseada nas características do tumor, enquanto as características do estroma não costumam ser consideradas. Esta pesquisa teve por objetivo caracterizar o perfil clínico-patológico do CEC primário de boca em pacientes recém- diagnosticados, com ênfase na categorização morfológica dos elementos tumorais e estromais. O estudo caracterizou-se como observacional, tipo transversal, a partir de avaliações de peças cirúrgicas incluídas em um período de 10 anos, provenientes de pacientes diagnósticado com CEC de boca oriundos de três Serviços da cidade de Manaus. Para a análise histopatológica dos CECs convencionais foram considerados 11 parâmetros histopatológicos, sendo eles seis elementos tumorais (grau de queratinização, padrão de invasão, disposição de arranjos celulares, brotamentos tumorais; pleomorfismo nuclear e quantidade de mitoses), três elementos estromais (perfil de maturação do estroma, perfil do infiltrado inflamatório peritumoral e perfil de linfócitos infiltrantes do estroma tumoral), e um elemento intermediário (relação tumor-estroma). Adicionalmente, foram categorizados os escores de malignidade, baseado na classificação de Bryne (1992) bem como itens preconizados pelo Colégio Americano de Patologistas (CAP). Foi utilizado o teste do Qui-quadrado e teste Exato de Fisher considerando nível de significância de 5%, a fim de verificar associação entre os elementos tumorais e estromais entre si (isoladamente e de forma combinada), bem como os diferentes subtipos histológicos do CEC. Dos 121 pacientes encontrados, 30 deles foram incluídos no estudo, sendo, 28 casos de CEC convencional e 2 da variante Cuniculatum do CEC, de acordo com a OMS. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (73%; n=22), com idade média de 59 anos e a principal localização foi a língua (70%; n=21), sendo assim o procedimento cirúrgico mais realizado foi a glossectomia parcial. De acordo com os critérios da CAP, s achados morfológicos dos casos de CEC convencional mostraram que a maioria apresentou invasão linfovascular, profundidade de invasão >10 mm. De acordo com os critérios propostos no trabalho, a maioria apresentou o seguinte perfil: a) Para os elementos tumorais: grau de queratinização moderada (Grau 2: 35,7%); padrão de invasão em pequenos grupos (não inferiores a 15 células) ou cordões infiltrantes (Grau 3: 46,4%); arranjo celular predominatemente em ilhas (35,8%) e cordões (32,1%) e baixa intensidade/ausência de brotamentos tumorais (71%). Quanto ao pleomorfismo, o critério de percentual de extensão, mostrou população celular com pleomorfismo abundante (grau 3: 60,7%) e quanto ao critério qualitativo, células moderadamente pleomórficas caracterizadas, por núcleos 1,5 a 2 vezes maiores e nucléolos inconspícuos (escore 2: 53,6%). Quanto a presença de mitoses, a maioria apresentou Escore 1: ≤ 12 mitoses/10 campos de maior aumento (CMA), seguido de Escore 2: 13-24 mitoses/10 CMA. b) Para elementos estromais: perfil de maturação estroma, 46% dos casos apresentavam estroma imaturo; perfil de TILs 46% foram categorizados na Categoria estromal I; e perfil do infiltrado inflamatório peritumoral, 50% dos casos foram descritos com o Grau 2, definido como moderado; c) A avaliação da relação tumor-estroma mostrou que 68% dos casos apresentou-se na categoria baixa e 32% na categoria alta. d) A classificação de Bryne, mostrou que 64% os casos foram catergorizados com baixos escores de malignidade e 36% com altos escores de malignidade. Alguns elementos tumorais e estromais, revelaram associações significativa, tais como grau de queratinização versus diferenciação histológica (p=0,013), padrão de invasão versus disposição de arranjo celular predominante (p=0,003), padrão de invasão versus brotamentos tumorais (p<0,001), disposição de arranjo celular predominante versus brotamentos tumorais (p=0,008), brotamentos tumorais versus pleomorfismo nuclear (p=0,36). Houve também associação significativa entre relação tumor-estroma versus TILs (p=0,008), perfil de infiltrado inflamatório peritumoral versus TILs (p=0,028), perfil de infiltrado inflamatório peritumoral versus profundidade de invasão (p=0,014). O perfil clínico e epidemiológico dos pacientes diagnosticados com CEC primário de boca da região Amazônica é semelhante ao Amazônica é caracterizado por pacientes de sexo masculino, acima dos 60 anos, com lesões em língua. As associações encontradas neste estudo, entre os elementos histológicos, como o brotamento tumoral associado ao padrão de invasão e disposição do arranjo celular predominante, podem indicar potenciais sinalizadores prognósticos a serem futuramente incluídos na rotina do patologista.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Odontologia}, note = {Faculdade de Odontologia} }