@MASTERSTHESIS{ 2013:1497437584, title = {Seringueiros do Médio Solimões: fragmentos e memórias de vida e trabalho}, year = {2013}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2288", abstract = "Este estudo assume o propósito de desvendar o espaço simbólico do seringal enquanto expressão da sociabilidade e representação imaterial do cotidiano vivido, sem deixar de fazer o registro da resistência política dos seringueiros na Amazônia, especificamente daqueles residentes no município de Tefé, no Amazonas. O tema seringal é tomado neste estudo não só como o lugar de exploração econômica, mas e, sobretudo, como o lugar da experiência vivida, das festas, do imaginário, do cenário de pessoas que fazem história neste território das águas. O vivido é percebido por meio das narrações dos sujeitos da pesquisa como o lugar onde se constituiu a experiência individual e coletiva envolvendo as festas, as crenças, as emoções da vida, o trabalho. A nossa intenção consistiu em procurar sabermos de que forma ocorreu a subjetivação do seringueiro em meio às agruras opressivas do seringal. A metodologia da memória é assumida aqui na relação com a experiência vivida no seringal e na cidade de Tefé, tendo em vista o processo de deslocamento geográfico. A trilha metodológica assumiu o aporte das abordagens qualitativas, especialmente no que diz respeito à narrativa, em que o narrador é convidado a falar sobre sua experiência de vida, vivida no seringal amazônico. Dentre os múltiplos aspectos revelados é patente o fato de que os seringueiros sobreviveram às doenças letais como paludismo, febre amarela, tifo, beribéri, enfrentado ataque de onças famintas, cobras venenosas como surucucurana, jararaca, pico de jaca. Ficou claro o fato de que eles deram o sangue para enriquecer o país, produziram riquezas, mas não tiveram acesso a elas, foram abandonados pelo Estado brasileiro. Hoje, pobres, cegos, morando em casebres na periferia da cidade de Tefé. Estes seringueiros já bem doentes, convivem com a triste sina do herói sem recompensa, esquecidos por completo pelo Estado brasileiro, parece estar esperando a morte chegar para saírem de cena. Nenhum dos sete seringueiros ouvidos nesta pesquisa recebe o benefício de aposentadoria como soldado da borracha, sendo esta, uma dívida do Estado brasileiro que precisa ser resgatada com urgência, enquanto estes bravos seringueiros ainda tem vida.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }