@MASTERSTHESIS{ 2008:1887763384, title = {Contribuição ao estudo botânico, químico e farmacológico de plantas medicinais da Amazônia contra Leishmania sp.}, year = {2008}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3318", abstract = "A busca de moléculas naturais bioativas presentes em plantas tem sido alvo de diversos estudos científicos, como urgência por drogas mais seletivas e menos tóxicas no tratamento de doenças incuráveis. A leishmaniose é uma das principais doenças com prioridade de pesquisa segundo a Organização Mundial de saúde. O presente trabalho selecionou as espécies botânicas, Vismia cayennensis (Clusiaceae), Piper duckei (Piperaceae) e P. demeraranum (Piperaceae), na busca de novas terapias químicas contra esta doença. As espécies mencionadas são plantas medicinais nativas do Brasil, usadas pela população no tratamento de dermatoses e como cicatrizante de ferida. O estudo fitoquímico das cascas e frutos de V. cayennensis foi realizado obtendo-se quatro extratos, etanólico, hexânico, diclorometano das cascas e clorofórmico dos frutos. O fracionamento do extrato hexânico resultou no isolamento e identificação de uma mistura de esteróides (sitosterol e estigmasterol) e de Fridelina, um triterpeno já isolado da espécie. Foi avaliada a atividade leishmanicida dos extratos e da Fridelina frente às formas promastigotas de L. amazonensis e L. guyanensis, os extratos hexânico e clorofórmico indicaram forte atividade leishmanicida frente às duas espécies, L. amazonensis e L. guyanensis, apresentando DL 50 de 32,4 μg/mL (L. amazonensis), 9,1 μg/mL (L. guyanensis) e 8,9 μg/mL (L. amazonensis), 19,7 μg/mL (L. guyanensis), respectivamente. A Fridelina isolada do extrato hexânico das cascas, não foi eficaz, apresentando moderada atividade frente às formas promastigotas de L. amazonensis (DL50 = 231,21 μg/mL). O extrato clorofórmico dos frutos foi fracionado resultando no isolamento de dois compostos, identificados através de perfis cromatográficos e espectrométricos, como sendo os antranóides prenilados, Vismina e Ferruginina. As atividades leishmanicida das substâncias foram fracas em relação ao extrato bruto, com DL50 = 178,3 μg/mL e DL50 = 214,8 μg/mL, respectivamente. Os extratos, frações e fitoconstituintes isolados também foram avaliados quanto atividade antioxidante e toxicidade frente ao micrcrustáceo Artemia salina. Foram estudados os óleos essenciais das folhas de P. duckei e P. demeraranum, extraídos através da técnica de hidrodestilação, e posteriormente analisados por CG/EM. Observou-se como componentes majoritários dos óleos essenciais de P. duckei os sesquiterpenos, trans-cariofileno (29,62%), Germacreno D (15,92%) e 1H-Cicloprop[e]azuleno (19,20%) enquanto que no óleo de P. demeraranum foram observados os monoterpenos β-elemeno (34.50%), dllimoneno (20.56%) e os sesquiterpenos, Germacreno B (9.11%), Germacreno D (5.36%) e β-Selineno (5.20%). Foi avaliada a atividade leishmanicida dos óleos. A espécie P. duckei apresentou inibição de 50% dos parasitas na concentração de 70 μg/mL, enquanto a espécie P. demeraranum apresentou DL50 = 91,51 μg/mL. Para a cepa de L. guyanensis os óleos apresentaram uma pronunciada atividade leishmanicida, com DL50 = 14,3 μg/mL para P. duckei e 22,7μg/mL para P. demeraranum. Foi avaliada a toxicidade dos óleos em células de macrófagos retiradas da cavidade intraperitonial de camundongos; os óleos apresentaram baixa citotoxicidade, incentivando futuros testes em formas amastigotas de Leishmania. O potencial irritante dos óleos também foi avaliado através do método HET CAM, os dados obtidos foram bastante promissores caracterizando os óleos com moderada irritação cutânea.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Química}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }