@MASTERSTHESIS{ 2009:1583400285, title = {Avaliação das ações de controle da malária em indígenas de São Gabriel da Cachoeira-Amazonas, no período de 2003 a 2007}, year = {2009}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3645", abstract = "A malária é uma doença que, apesar de antiga, ainda representa nos dias de hoje um grande problema de saúde pública no mundo, sendo uma das principais parasitoses tropicais, que afeta cerca de 500 milhões de pessoas todos os anos. De acordo com a OMS, a cada 30 segundo uma criança africana morre em decorrência da malária e muitas das que sobrevivem sofrem danos cerebrais. No Brasil, a área de maior endemicidade é a Amazônia Legal devido a fatores favoráveis à disseminação da doença, tais como: temperatura, umidade, altitude e vegetação, além de condições de habitação e trabalho da população local. A presença indígena na região norte é marcante, concentrando quase 30% desta população do Brasil, especialmente no extremo noroeste do Amazonas, onde está localizado o município de São Gabriel da Cachoeira, o maior pólo indígena do país. A malária é uma das principais responsáveis pela alta morbidade e mortalidade dos indígenas do Brasil. Diante da altíssima Incidência Parasitária Anual (IPA) na Amazônia de 18,8 casos/1.000 habitantes, o Governo lançou no ano 2000 o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária (PIACM), como parte da estratégia global de luta contra esta patologia, e em 2003, o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM), criado como uma política permanente para a prevenção e controle da doença para prosseguir com os avanços obtidos com o PIACM. O objetivo desta pesquisa foi fazer um estudo retrospectivo avaliando os resultados do impacto das ações de controle da malária em população indígena, do município de São Gabriel da Cachoeira, Estado do Amazonas, Norte do Brasil, no período de 2003 a 2007, tendo como fonte de informação bases de dados e arquivos de instituições governamentais e não governamental conveniada. O modelo assistencial de saúde do município tem seus serviços organizados na forma do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro, que divide-o em 19 pólos-base. Os indicadores malariométricos demonstraram tendência crescente no número de casos, com média de 2.989 casos e os maiores números ocorrendo na área rural do município. A mesma tendência foi apresentada pela IPA, cuja média foi de 174,3 casos/1.000 habitantes, entretanto as maiores IPAs foram observadas na área urbana. Já a proporção de casos por Plasmodium falciparum apresentou gradual redução no decorrer dos anos estudados, passando de 18,8% para 1,6%. As taxas de internação e mortalidade apresentaram oscilações durante o período e a taxa de letalidade, após um aumento de 27% em 2005, apresentou decréscimo. Todos os valores foram estatisticamente significativos (p< 0,05). O estudo revelou que as ações do programa de controle da malária mostraram-se parcialmente efetivas, de acordo com os indicadores malariométricos, ao mesmo tempo em que proporcionou uma capacidade de detecção mais ampla de casos e, conseqüentemente, de tratamento. Apesar do município ainda apresentar alto risco para transmissão da malária, o Plano Plurianual em andamento parece ter bom prognóstico no controle da doença, se for mantido de forma sustentável e permanente.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Patologia Tropical}, note = {Faculdade de Medicina} }