@MASTERSTHESIS{ 2011:466284967, title = {Cidade, cultura e rede urbana: a influência do trabalho criativo dos artistas-artesãos de Parintins-AM na configuração multiescalar da rede urbana brasileira}, year = {2011}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4000", abstract = "O principal objetivo desta dissertação é de compreender como a cultura participa na estruturação da rede urbana, a partir de um estudo empírico dos Bois-bumbás de Parintins- Am. A hipótese principal é de que a cultura contribui com a estruturação da rede urbana perpassando diferentes escalas geográficas. Como hipótese auxiliar, argumenta-se que Garantido e Caprichoso conferem funções urbanas à Parintins articulando-a com as cidades da rede urbana dos rios Solimões e Amazonas, bem como das redes urbanas supra-regionais. Considerando os pressupostos do conceito de indústria cultural, realizou-se um roteiro de entrevistas semi-aberto, mediante o qual foram entrevistados membros e antigos torcedores dos bumbás, bem como 59 artistas-artesãos, sendo 38 de fantasias (19 em cada bumbá) e 21 de alegorias (11 no Garantido e 10 no Caprichoso). Realizou-se também observação de campo, cujos dados foram reunidos em um Diário de Campo, e coadunados aos relatos orais e fontes bibliográficas. A análise desse universo empírico permitiu compreender que os bumbás surgiram na segunda década do século XX, em Parintins, marcando o período denominado “Boi de rua”, quando esses folguedos brincavam nos quintais e saíam pelas ruas encenando a venda da língua do boi. Com o crescimento da rivalidade entre os bumbás, que, inclusive, influenciou na morfologia urbana da cidade, materializando-se em conflitos corporais, a disputa foi transposta para o campo da competição estética no que se denominou de “Boi de arena”, estabelecendo-se uma nova fase da trajetória dos bumbás, o “Boi espetáculo”. Trata-se do momento em que os bumbás se integram ao mercado capitalista estabelecendo, com isso, esforços para a profissionalização de brincantes e artistas que até 1990 prestavam-lhes serviços voluntários. Esse processo trouxe em seu bojo o planejamento em série dos trabalhos artísticos, bem como a transformação do “Boi de arena” em vitrine desses trabalhos, o que marcou o preenchimento do tempo livre e conseqüente assalariamento dos recursos humanos. Esse aperfeiçoamento estético consolidou-se com uma hierarquia de trabalho artístico nos bumbás, com artistas-artesãos de alegorias no topo, e artistas-artesãos de figurinos na base. Analisa-se se essa hierarquia confere funções urbanas a Parintins, expressando e, simultaneamente, retroalimentando-se de uma hierarquia urbana a partir de atividades como produção, distribuição e gestão de bens e manifestações culturais. Verifica-se ainda se a mãode- obra artística configura relações entre Parintins e outras cidades do tipo não hierárquicas ou de complementaridade a nível regional. Constatou-se que, por influência do “Boi de arena” enquanto vitrine de mão-de-obra artística, Parintins teve suas relações reforçadas na esfera local e regional, e ampliadas para o nível supra-regional, corroborando assim com a configuração e sobreposição de múltiplas redes geradas por fluxos de artistas em múltiplas escalas geográficas.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Geografia}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }