@MASTERSTHESIS{ 2014:386287519, title = {As camaroeiras, as pescadeiras e o arreio: pesca artesanal do camarão e conservação ambiental em comunidades de várzea no município de Parintins - AM}, year = {2014}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4322", abstract = "A pesca artesanal do camarão (Macrobrachium amazonicum) praticada nas comunidades de São Sebastião da Brasília e Santo Antônio do Catispera localizadas no município de ParintinsAm no Baixo Amazonas é realizada por maioria de mulheres. Essa pesca representa uma das principais fontes de renda para a família dessas pescadoras. Embora as práticas econômicas dessas famílias sejam pluriativas como em outras comunidades rurais da Amazônia, a pesca do camarão se sobrepõe as demais atividades produtivas por ser a de maior rendimento econômico. Essa pesca é realizada com muita intensidade no período de junho a outubro visando principalmente à comercialização. A ausência de proteção para o ambiente e o recurso natural pesqueiro, decorrente da inexistência de um efetivo acordo de pesca, de um período de defeso para o camarão, da criação de bubalinos em área aberta e da omissão do poder público vem causando uma degradação ambiental que poderá levar esta atividade produtiva a uma situação de risco de extinção na área gerando impactos econômicos e sociais. A diminuição do tamanho dos crustáceos e do seu quantitativo nos lagos pesqueiros são dois fatores percebidos pelas pescadoras, que já se apresentam como resultantes do impacto causado pela pesca intensiva e criação de búfalos em área aberta respectivamente. Na década de 1960, com o esgotamento do “ciclo” da juta em Parintins, as alternativas econômicas se deslocaram para a pesca o que influenciou diretamente a mudança na lógica produtiva da pesca do camarão, que começou sendo realizada para consumo próprio, passou a ser quase que exclusivamente para a venda. O dinheiro decorrente dessa pesca é gasto na manutenção e melhoria da casa, compra de utensílios domésticos, vestuário para a família, apetrechos de pesca e de uma parte é feita uma poupança. As pescadoras realizam todo o trabalho no processo de pesca do camarão, mas a maioria não possui o RGP nem tem acesso ao PSDPA, portanto, vivem a margem dos seus direitos. Neste sentido, esta dissertação objetiva descrever o modo de vida e o processo de trabalho na pesca do camarão realizado pelas mulheres residentes nas comunidades de Brasília e Catispera no município de Parintins-AM, enfatizando nesse processo as estratégias de conservação dos recursos pesqueiros e a existência de políticas públicas para o setor que contribuam para melhorias das condições de vida das famílias pesqueiras. A metodologia utilizada foi à abordagem qualitativa. Realizamos o estudo bibliográfico, fomos ao lócus vivendi coletar os dados para análise por meio do uso da observação direta, entrevista semiestruturada, reuniões em grupo, registro fotográfico e mapa mental. O embasamento teórico fundamenta-se em Fraxe (2011), Heller (2008), Lima (2001), Noda (2007), Furtado (2002), Pereira (2007), Scherer (2004) entre outros autores. Os sujeitos da pesquisa foram às pescadoras de camarão de Brasília e Catispera. A análise dos dados se deu a partir do diálogo estabelecido entre os estudos bibliográficos realizados e os dados coletados. O estudo aponta para a urgência da proteção socioambiental como meio para sustentabilidade dessa atividade produtiva pesqueira.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia}, note = {Faculdade de Ciências Agrárias} }