@MASTERSTHESIS{ 2016:1250949664, title = {Comércio e cultura na fronteira: a cultura de consumo no setor varejista de Benjamin Constant}, year = {2016}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5222", abstract = "Este trabalho pretendeu descrever o comércio varejista de Islândia, de Letícia e de Benjamin Constant; a logística de suprimento do Alto Solimões; e a cultura de consumo em BC. Na pesquisa de campo realizaram-se entrevistas com comerciantes, consumidores e agentes logísticos. As observações do Autor foram feitas na condição de consumidor, de morador da cidade de professor da Universidade, com visão de Administrador. Na convivência com benjaminenses e na interação com peruanos e colombianos no comércio das cidades fronteiriças, há mais de cinco anos. Os resultados da pesquisa apontam que não existe acordo de livre comércio na tríplice fronteira amazônica. Os consumidores benjaminenses compram produtos importados em Islândia e Letícia por serem mais baratos que os nacionais e lá eles encontram artigos que não têm em BC ou que não atendam suas expectativas de consumo, como moto, gasolina, temperos, perfumes, cosméticos, notebooks e outros. Os barcos chamados de recreios são agentes logísticos que transportam mercadorias de Manaus para as cidades do AS. O tempo de viagem dos barcos é de seis dias, subindo o Solimões, e de três dias, descendo o rio de BC para Manaus. Existem barcos que vendem mercadorias para comerciantes e consumidores dos municípios por onde passam. São regatões modernos, uma vez que a troca é por dinheiro e não por produtos regionais. A enchente e a vazante (seca e cheia, linguagem cabocla) são fenômenos amazônicos que influenciam os modos de trabalho no comércio de BC. Na seca, a viagem dos recreios é mais demorada e perigosa. Na cheia, a zona portuária da cidade é invadida pelas águas do rio Javari e os comerciantes enfrentam desafios com inundação de lojas, perda de mercadorias e queda nas vendas. Os consumidores benjaminenses são de baixa e média renda. Eles compram à vista e a crédito (fiado) e não é maioria os que usam cartão de crédito ou tíquete alimentação. Ir ao comércio de BC, de Islândia ou de Letícia é para os benjaminenses mais que uma necessidade de bens de consumo é também um entretenimento, uma oportunidade de interação social com amigos e familiares. A moda em BC segue tendências de Manaus, das fronteiras (peruanos e colombianos) e do mundo através dos produtos que desses lugares vêm. As roupas e adereços, motos, pinturas no corpo etc., são artefatos da cultura de consumo, símbolos da cultura urbana regional.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }