@MASTERSTHESIS{ 2017:404916758, title = {Parasitismo por Neoechinorhynchus buttnerae (Golvan, 1956) em Colossoma macropomum (Cuvier, 1818): caracterização hematológica, bioquímica e histopatológica}, year = {2017}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5885", abstract = "O presente trabalho avaliou o impacto do parasitismo sobre os parâmetros hematológicos e bioquímicos na criação de tambaqui (Colossoma macropomum) e os danos teciduais provocados pela infecção por acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae. Para alcançar esses objetivos um total de 42 exemplares de tambaqui foram coletados em piscicultura comercial. Destes, 32 peixes foram utilizados para identificação dos parasitos metazoários e caracterização do perfil hematológico e bioquímico; enquanto 10 exemplares (5 parasitados e 5 não parasitados) foram utilizados para aplicação de técnicas estereológicas na investigação morfométrica das alterações provocadas pela presença de acantocéfalos (N. buttnerae) no intestino de tambaqui (Colossoma macropomum). Dos peixes analisados, 100% estavam parasitados, sendo 100% por helmintos Monogenea e acantocéfalos, 59,38% por crustáceos copépodos e 53,13% por branquiúros. A maior intensidade média foi de acantocéfalos, seguida por monogenéticos, copépodos e branquiúros. As espécies de helmintos identificadas foram: Anacanthotus spathulatus, Mymarothecium boegeri e Notozothecium janauachensis (Monogenea) e Neoechinorhynchus buttnerae (Acanthocephala). Foi observada correlação positiva significativa entre peso dos peixes e os valores de hematócrito (Ht), hemoglobina (Hb), volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), bem como entre comprimento total e VCM, HCM. O fator de condição, Ht e Hb foram negativamente correlacionados com parasitos Copepoda. Houve correlação negativa significativa entre Acantocephala e os parâmetros Ht, Hb, trombócitos e glicose, bem como entre Monogenea e glicose, indicando que o hemograma pode ser influenciado por fatores endógenos como o comprimento e o peso corporal dos peixes, assim como pelo parasitismo, afetando a saúde de tambaquis. Já com relação à avaliação do dano tecidual, com emprego de ferramenta estereológica, as porções do intestino foram classificadas em 7 regiões, de acordo como as alças estão naturalmente enoveladas na cavidade celomática. No que se refere ao volume médio das camadas intestinais (mucosa, submucosa, muscular e serosa), o aumento no volume da mucosa foi estatisticamente significativo nas regiões 3, 4 e 5. Nessas regiões, a carga parasitária média foi de aproximadamente 34 parasitos/região. Na avaliação dos danos nas camadas intestinais do tambaqui, a camada mucosa foi a mais afetada pela presença de acantocéfalos, podendo ser verificada diferença significativa entre todas as regiões analisadas na comparação dos grupos parasitados e não parasitados, enquanto a submucosa apresentou infiltração leucocitária significativa nas regiões 2, 3 e 4 nos peixes parasitados. A muscular apresentou infiltrado leucocitário nas regiões 2, 3 e 5 do grupo parasitado. Houve edema muscular relevante apenas nas regiões 2 e 5 do grupo parasitado. Destaca-se ainda que a área superficial da mucosa não foi alterada nos peixes parasitados, o que sugere que a absorção no nível dos vilos não foi alterada. Portanto, os juvenis de tambaqui avaliados apresentaram infestação moderada por parasitos metazoários, capazes de debilitar os hospedeiros como observado através das alterações hematológicas e bioquímicas; acrescenta-se ainda que a camada mucosa intestinal de tambaqui foi afetada pela presença de N. buttnerae, e que apesar dos danos observados a área superficial da mucosa, principal sítio de absorção de nutrientes, foi preservada.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos}, note = {Faculdade de Ciências Agrárias} }